
O Hospital Veterinário Municipal de Natal anunciou a retomada dos atendimentos, que estavam suspensos desde a última segunda-feira (3). A interrupção dos serviços, que incluiu cirurgias e procedimentos ambulatoriais, pegou de surpresa os tutores de animais que dependem da unidade.
Durante o período de paralisação, apenas consultas, ultrassonografias e exames de raio-X estavam disponíveis. Em uma nota oficial, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal revelou que, na terça-feira (4), houve uma reunião com representantes da Sociedade Paulista de Medicina Veterinária, que administra o hospital, onde foi discutida a normalização dos serviços. A SMS informou que os atendimentos voltariam ao normal a partir de quinta-feira (6).
No entanto, usuários que compareceram ao hospital na quinta-feira relataram que os serviços ainda não haviam sido completamente retomados. Em resposta, a secretaria confirmou que parte dos atendimentos foi normalizada ao longo do dia e que as cirurgias seriam reiniciadas nesta sexta-feira (7). Os atendentes também informaram que uma reorganização da fila de cirurgias seria feita antes do início dos procedimentos.
O Hospital Municipal Veterinário está situado na Rua Dr. Barata, número 233, no bairro Ribeira, e funciona das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. Diariamente, são disponibilizadas 20 fichas de atendimento, além de suporte para casos de urgência e emergência. Cada tutor pode levar apenas um animal por CPF, sendo necessário apresentar um comprovante de residência em Natal e um documento oficial.
Desde o início das atividades do hospital, em setembro de 2024, o número de fichas diárias era de 50, mas a prefeitura não esclareceu o motivo da redução no atendimento.
Suspensão de Contrato pelo MP
Em dezembro, o Ministério Público do Rio Grande do Norte ajuizou uma ação civil pública para que a Prefeitura de Natal suspendesse o uso de recursos da saúde pública para custear as despesas do hospital veterinário. O MP argumenta que os fundos do Sistema Único de Saúde (SUS) não devem ser aplicados na unidade, uma vez que o Conselho Nacional de Saúde decidiu que a assistência médica veterinária não é considerada um serviço de saúde pública.
Na ação, o MP solicita que o município rescinda imediatamente o Termo de Cooperação com a Sociedade Paulista de Medicina Veterinária, que gerencia o hospital, e que a administração da unidade seja transferida para a Secretaria de Meio Ambiente.