
O governo do Piauí implementou um programa de educação trilíngue voltado para imigrantes venezuelanos, em resposta ao crescente número de refugiados que buscam melhores condições de vida no Brasil. Essa iniciativa é parte de um esforço mais amplo para integrar esses imigrantes à sociedade local, respeitando e valorizando suas culturas e línguas nativas.
Recentemente, um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que aproximadamente 96% da população indígena do Piauí não fala a língua indígena em casa. O Censo Demográfico de 2022 entrevistou 7.052 indígenas com 2 anos ou mais, dos quais 6.747 afirmaram não utilizar nenhuma língua indígena em seus lares.
Entre os dados coletados, apenas 305 indígenas disseram falar uma língua indígena em casa. Desses, 295 falam uma única língua (representando 4,18%), três falam duas línguas (0,04%) e cinco mencionaram uma língua indígena indefinida (0,07%). Além disso, dois indígenas não souberam identificar a língua que falam (0,03%).
O IBGE também destacou que o Piauí registrou, em 2022, um total de 20 línguas indígenas, duas a mais do que as 18 documentadas no Censo de 2010. No que diz respeito às línguas mais faladas, a Warao emergiu como a mais prevalente em 2022, com 225 falantes. Dentre esses, 84 também falam português em casa, enquanto 141 não falam a língua portuguesa. Anteriormente, em 2010, a língua Guajajara era a mais falada na região.
Essas estatísticas evidenciam a necessidade de políticas públicas que promovam a valorização das línguas indígenas e a inclusão dos imigrantes na sociedade, contribuindo para a preservação cultural e a educação de qualidade para todos.