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ICMBio realiza expedição submersível para estudar peixes-leão no Nordeste
13 de maio de 2025 / 14:31
Foto: Divulgação

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizou uma expedição inusitada no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, utilizando um submersível para investigar a presença do peixe-leão (Pterois volitans), uma espécie invasora e venenosa que representa riscos ao ecossistema local.

A expedição ocorreu no domingo (11) e foi realizada a bordo do C-Researcher, um submersível com capacidade para três pessoas e que pode atingir profundidades de até 300 metros. No entanto, devido às condições do mar, a equipe explorou uma profundidade de aproximadamente 30 metros na região da Ponta da Sapata.

O submersível foi disponibilizado por um visitante da ilha, que possibilitou a realização da missão. Além do piloto, participaram da expedição a chefe do Núcleo de Gestão Integrada do ICMBio, Lilian Hangae, e o coordenador da Área Temática de Ordenamento Territorial do instituto, Mário Douglas Fortini.

“Observamos e registramos diversos peixes-leão. A experiência foi valiosa para entendermos o funcionamento do equipamento e como ele pode ser útil em futuras pesquisas”, afirmou Douglas Fortini. A estrutura do submersível, que proporciona uma visão panorâmica, baixos níveis de ruído e estabilidade, permitiu uma análise detalhada da fauna marinha da região.

O ICMBio concedeu uma autorização especial para o uso do submersível em Fernando de Noronha, permitindo duas expedições: uma científica e outra de caráter particular não comercial. Lilian Hangae destacou que “a atividade não comercial teve baixo impacto, pois o submersível é elétrico e gera pouco ruído, não interferindo na dinâmica dos animais”.

A imersão durou cerca de 40 minutos e possibilitou a observação da fauna, dos corais e do fundo arenoso da região.

Equipamento e características do submersível

O submersível utilizado pertence ao iate privado Shinkai, que possui 55 metros de comprimento e bandeira das Ilhas Marshall. O nome “Shinkai” significa “mar novo” ou “oceano renovado” em japonês. A embarcação é equipada com guindaste, hangar para o submersível e equipamentos de mergulho, além de alta autonomia de navegação. Antes de chegar a Fernando de Noronha, o iate navegou pelo litoral do Rio de Janeiro e deixou a ilha nesta segunda-feira (12).

A preocupação com a presença do peixe-leão em Noronha é crescente, e especialistas alertam para os riscos que essa espécie invasora representa para a biodiversidade local.