João Pessoa 26.13 algumas nuvens Recife 27.02 algumas nuvens Natal 26.12 céu limpo Maceió 24.69 céu limpo Salvador 25.98 céu limpo Fortaleza 27.07 nuvens dispersas São Luís 27.11 algumas nuvens Teresina 34.84 algumas nuvens Aracaju 26.97 algumas nuvens
Inauguração de fábrica de mosquitos geneticamente modificados em Natal para combater dengue, zika e chikungunya
16 de outubro de 2025 / 12:08
Foto: Divulgação

Uma nova fábrica de “mosquitos do bem” foi inaugurada nesta quinta-feira (16) no bairro Felipe Camarão, localizado na Zona Oeste de Natal. Essa iniciativa faz parte de uma estratégia inovadora para o combate às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya. O projeto é fruto de uma colaboração entre as secretarias de Saúde de Natal e do Rio Grande do Norte, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Os mosquitos produzidos na fábrica utilizam o método Wolbachia, que envolve a introdução de uma bactéria que impede a multiplicação dos vírus da dengue, zika e chikungunya dentro do próprio inseto. Quando esses mosquitos se reproduzem com os locais, eles transmitem essa característica para as futuras gerações, contribuindo para a diminuição da transmissão das doenças.

Os mosquitos modificados são conhecidos como wolbitos. O processo de produção na fábrica é rigoroso e controlado. Inicialmente, os ovos dos mosquitos são colocados em recipientes com água para que eclodam. As larvas são mantidas sob controle de temperatura, iluminação e alimentação, sendo monitoradas de perto por pesquisadores.

Após atingirem a fase adulta, os mosquitos são separados e colocados em tubos, prontos para serem soltos nas ruas. Em Natal, as liberações estão programadas para ocorrer ao longo de 20 semanas e abrangerão 33 bairros da capital, que foram selecionados devido aos altos índices de arboviroses.

O Método Wolbachia foi desenvolvido na Austrália em 2011 e chegou ao Brasil no ano seguinte. O Rio Grande do Norte se destaca como um dos primeiros estados do Nordeste a implementar essa tecnologia, que já demonstrou resultados positivos em cidades como Niterói e Rio de Janeiro.

De acordo com as autoridades de saúde, os wolbitos não representam qualquer risco para o meio ambiente ou para os seres humanos, uma vez que não transmitem doenças, mas ajudam a controlar os vírus que causam epidemias de dengue, zika e chikungunya.