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Inauguração de fábrica de mosquitos geneticamente modificados em Natal para combater dengue, zika e chikungunya
16 de outubro de 2025 / 12:08
Foto: Divulgação

Uma nova fábrica de “mosquitos do bem” foi inaugurada nesta quinta-feira (16) no bairro Felipe Camarão, localizado na Zona Oeste de Natal. Essa iniciativa faz parte de uma estratégia inovadora para o combate às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya. O projeto é fruto de uma colaboração entre as secretarias de Saúde de Natal e do Rio Grande do Norte, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Os mosquitos produzidos na fábrica utilizam o método Wolbachia, que envolve a introdução de uma bactéria que impede a multiplicação dos vírus da dengue, zika e chikungunya dentro do próprio inseto. Quando esses mosquitos se reproduzem com os locais, eles transmitem essa característica para as futuras gerações, contribuindo para a diminuição da transmissão das doenças.

Os mosquitos modificados são conhecidos como wolbitos. O processo de produção na fábrica é rigoroso e controlado. Inicialmente, os ovos dos mosquitos são colocados em recipientes com água para que eclodam. As larvas são mantidas sob controle de temperatura, iluminação e alimentação, sendo monitoradas de perto por pesquisadores.

Após atingirem a fase adulta, os mosquitos são separados e colocados em tubos, prontos para serem soltos nas ruas. Em Natal, as liberações estão programadas para ocorrer ao longo de 20 semanas e abrangerão 33 bairros da capital, que foram selecionados devido aos altos índices de arboviroses.

O Método Wolbachia foi desenvolvido na Austrália em 2011 e chegou ao Brasil no ano seguinte. O Rio Grande do Norte se destaca como um dos primeiros estados do Nordeste a implementar essa tecnologia, que já demonstrou resultados positivos em cidades como Niterói e Rio de Janeiro.

De acordo com as autoridades de saúde, os wolbitos não representam qualquer risco para o meio ambiente ou para os seres humanos, uma vez que não transmitem doenças, mas ajudam a controlar os vírus que causam epidemias de dengue, zika e chikungunya.