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Inflação desacelera em março para todas as faixas de renda, aponta Ipea
19 de abril de 2025 / 12:48
Foto: Divulgação

A inflação registrou desaceleração em março de 2025 para todas as faixas de renda, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A queda mais expressiva foi verificada entre as famílias de renda muito baixa, cuja taxa passou de 1,59% em fevereiro para 0,56% em março. Já entre os lares de renda alta, o índice recuou de 0,9% para 0,6% no mesmo período.

O que motivou a desaceleração da inflação em março?

De acordo com o Ipea, a redução da inflação para as classes mais pobres se deve, principalmente, ao baixo reajuste da energia elétrica (0,12%) e às quedas nos preços das passagens de ônibus urbano (-1,1%) e metrô (-1,7%).

Para os grupos de renda alta, o principal fator foi a moderação no grupo educação, cuja inflação caiu de 0,90% para 0,60%. Esse movimento reflete o fim dos reajustes de mensalidades escolares, normalmente aplicados em fevereiro.

Inflação acumulada em 12 meses

Apesar da desaceleração em março, o acumulado de 12 meses mostra uma inflação maior para os grupos de renda mais alta, que fecharam com alta de 5,61%, enquanto as famílias de renda muito baixa apresentaram 5,24%.

Confira a variação da inflação:

Faixa de rendaFevereiro 2025Março 2025Acumulado 12 meses
Muito baixa1,59%0,56%5,24%
Baixa1,36%0,60%
Média-baixa1,22%0,58%
Média1,06%0,59%
Média-alta0,97%0,61%
Alta0,90%0,60%5,61%

Alimentos ainda pesam para famílias mais pobres

Apesar da queda geral, o grupo de alimentos seguiu pressionando o orçamento das classes de menor renda. Alguns itens apresentaram altas expressivas, como:

  • Tomate: +22,6%
  • Ovos: +13,1%
  • Café: +8,1%
  • Leite: +3,3%

Por outro lado, alguns produtos registraram deflação:

  • Arroz: -1,8%
  • Feijão-preto: -3,9%
  • Carnes: -1,6%
  • Óleo de soja: -2,0%

Transporte e lazer pesam para renda alta

As famílias com maior poder aquisitivo sentiram mais os impactos nos setores de transportes e despesas pessoais. Os aumentos mais relevantes ocorreram nas:

  • Passagens aéreas: +6,9%
  • Serviços de lazer e recreação: +1,2%

Principais pressões inflacionárias no último ano

Nos últimos 12 meses, os aumentos mais significativos foram observados nos seguintes itens:

Alimentos e bebidas:

  • Carnes: +21,2%
  • Aves e ovos: +12,1%
  • Óleo de soja: +24,4%
  • Leite: +11,9%
  • Café: +77,8%

Saúde e cuidados pessoais:

  • Medicamentos: +4,8%
  • Produtos de higiene: +4,8%
  • Serviços médicos: +7,8%
  • Planos de saúde: +7,3%

Transportes:

  • Ônibus urbano: +5,1%
  • Ônibus interestadual: +6,4%
  • Transporte por integração: +10%
  • Transporte por aplicativo: +18,3%
  • Gasolina: +10,9%
  • Etanol: +20,1%