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Inflação em São Luís fecha 2024 acumulado em 6,51%, puxado por alta nos alimentos e transporte
11 de janeiro de 2025 / 19:23
Foto: Reprodução/TV Globo

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em São Luís registrou uma alta de 0,71% em dezembro de 2024, acumulando uma inflação de 6,51% ao longo de 2024, a maior entre as regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O aumento em dezembro foi superior ao observado em novembro, quando a taxa foi de 0,33%, indicando uma aceleração no aumento dos preços ao consumidor.

Em 2024, a média nacional da inflação foi de 4,83%, ultrapassando o teto da meta definido pelo Banco Central, que é de 3% com margem de tolerância de 1,5% – ou seja, 4,5%.

Os principais responsáveis pelo aumento da inflação em São Luís foram os grupos de despesa de transportes e alimentação e bebidas. No acumulado do ano, o preço dos alimentos na capital subiu 8,89%, sendo o café moído o item com a maior elevação (42,51%).

O gerente da pesquisa do IPCA, André Almeida, explica que, embora a alta dos alimentos seja causada por fatores como a destinação de safras para exportações, por exemplo, “as questões climáticas exerceram uma forte influência sobre esses itens”.

O grupo de transportes teve uma alta de 2,11% em dezembro, impactado principalmente pelo aumento nos preços da gasolina (2,89%), conserto de automóvel (3,37%), e transporte por aplicativo (20,83%). Já o grupo de alimentação e bebidas registrou uma variação de 1,37%, com destaque para o aumento nos preços das carnes (4,59%) e do café moído (4,92%).

Apesar da alta, o grupo de habitação apresentou uma deflação de -0,60% em dezembro, influenciada pela queda nos preços da energia elétrica residencial (-1,87%) devido à mudança na bandeira tarifária de amarela para verde.

Porém, em geral, todos os principais setores apresentaram alta em 2024. Veja abaixo o índice de inflação por setor:

Índice de Inflação em São Luís em 2024

Grupo de despesasBrasilSão Luís
Alimentação e bebidas7,698,89
Habitação3,067,77
Artigos de residência1,310,03
Vestuário2,784,45
Transportes3,36,85
Saúde e cuidados pessoais6,095,67
Despesas pessoais5,135,19
Educação6,75,54
Comunicação2,943,06
Geral4,836,51

Fonte: IBGE

Estouro da meta em 2024 e perspectivas para 2025

A meta de inflação do país é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e o Banco Central deve tomar suas decisões de política monetária, manejando a taxa básica de juros, para que a inflação fique dentro do intervalo estabelecido pelo CMN para o ano.

Quando o país não alcança a meta de inflação, o presidente do BC precisa escrever e enviar uma carta ao chefe do CMN, cargo ocupado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para explicar os motivos por trás do estouro da meta.

O estouro da meta também indica que o BC precisará ser mais rígido, elevando ou mantendo os juros mais altos, por mais tempo.

Juros maiores encarecem a tomada de crédito para pessoas e empresas e, por isso, reduzem o consumo da população — o que leva a um controle da inflação. Ao contrário, juros menores barateiam o crédito, tornando o consumo mais acessível e movimentando a economia.