João Pessoa 31.13 algumas nuvens Recife 31.02 algumas nuvens Natal 30.12 nuvens dispersas Maceió 30.69 nuvens dispersas Salvador 29.98 céu limpo Fortaleza 30.07 nublado São Luís 31.11 nublado Teresina 28.84 nublado Aracaju 29.97 nuvens dispersas
Interdição de bebedouros no campus da Ufba em Salvador devido a suspeita de contaminação da água
11 de abril de 2025 / 09:19
Foto: Divulgação

Os bebedouros da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (Ufba), situada no bairro da Federação em Salvador, foram interditados devido à suspeita de contaminação por Coliformes totais e Escherichia coli. A decisão foi anunciada pela universidade na quarta-feira (9), após recomendação da Superintendência de Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMAI) da Ufba.

Em resposta à situação, a Ufba informou que iniciou uma investigação com uma empresa especializada para realizar testes e que já providenciou a lavagem dos reservatórios. A universidade também ressaltou que a verificação dos sistemas de abastecimento de água é uma prática regular, realizada periodicamente, e que medidas corretivas são adotadas sempre que irregularidades são detectadas.

As suspeitas de contaminação surgiram a partir de uma denúncia da vice-coordenadora do curso de graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, Gemima Arcanjo. Durante aulas práticas no segundo semestre de 2024, foram realizadas análises microbiológicas da água de alguns bebedouros da Escola Politécnica, que revelaram a presença de Coliformes totais e Escherichia coli nas amostras coletadas dos bebedouros localizados no 4º e 7º andares.

Gemima Arcanjo explicou que a presença de Escherichia coli é um sinal de contaminação por material fecal, seja humano ou animal, e indica a possível presença de outros microrganismos patogênicos que podem ser transmitidos por via fecal-oral, como giárdia, salmonela e verminoses. Ela alertou que o consumo de água contaminada pode resultar em doenças gastrointestinais, cujos sintomas incluem diarreia, vômitos e infecções mais graves. “O objetivo desta mensagem não é criar alarde, mas informar a todos sobre a situação, pois não houve divulgação e isso é uma questão de saúde pública”, destacou.

Além disso, o Diretório Acadêmico de Engenharia Sanitária e Ambiental (DAESA) emitiu uma nota afirmando que houve uma reunião extraordinária na terça-feira (10), onde a vice-coordenadora Gemima Arcanjo foi silenciada ao tentar expor a gravidade da situação. O DAESA expressou sua indignação, afirmando que “esse ato é um insulto à ciência, à democracia e ao compromisso que toda instituição de ensino deve ter com a vida e a saúde da sua comunidade”.