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João reúne líderes da base para alinhar o discurso e assumir o comando da narrativa
9 de fevereiro de 2025 / 11:09
Foto: Divulgação

Os principais nomes da base do governo se reuniram na tarde deste sábado (8) na Granja Santana com o governador João Azevedo. Estiveram presentes Daniela Ribeiro, Aguinaldo Ribeiro e Lucas Ribeiro, Hugo Motta, Adriano Galdino, Cícero Lucena e Leo Bezerra. O encontro teve como objetivo alinhar o discurso político do grupo, especialmente após uma semana de intensos debates, marcados mais por interesses individuais do que por uma construção coletiva de estratégias.

A decisão do governador de convocar sua base para um diálogo interno foi um movimento acertado. Ao assumir o comando da narrativa e estabelecer um direcionamento claro, João Azevedo sinalizou que o foco deve permanecer no presente, reforçando que a pauta de 2026 será discutida apenas em 2026. Com isso, ele busca impedir que a antecipação do debate eleitoral fragilize sua base e acabe favorecendo a oposição, que aposta justamente em fissuras internas para ampliar seu espaço.

O gesto do governador também revela um esforço para reafirmar sua liderança e garantir a coesão entre os aliados. Ao definir que 2024 deve ser um ano de trabalho, ele tenta afastar distrações prematuras e manter a gestão em sintonia com os interesses da população. A antecipação do debate sucessório não só desviaria o foco das entregas governamentais, como também poderia gerar desgastes internos, alimentando disputas que enfraqueceriam o grupo antes mesmo do período eleitoral.

Do ponto de vista estratégico, a oposição tem plena consciência de que qualquer divisão dentro da base governista pode ser um trunfo a seu favor. Ao lançar especulações e estimular ambições individuais, adversários buscam enfraquecer a unidade governista e abrir espaço para novas articulações. Neste sentido, a reunião deste sábado serviu para reforçar que, apesar das divergências naturais dentro de um grupo heterogêneo, a prioridade deve ser a manutenção da estabilidade política e administrativa.

O desafio do governo, portanto, será manter essa diretriz ao longo dos próximos meses, evitando que interesses pessoais prevaleçam sobre o projeto coletivo.

Por ora, a sinalização é clara: o debate eleitoral fica para depois, e o foco deve ser o trabalho. Resta saber se os aliados assimilarão essa orientação e resistirão às pressões naturais do cenário político.