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Jogo desenvolvido por paraibana promove conscientização ambiental e é finalista da COP 30
26 de outubro de 2025 / 11:58
Foto: Divulgação

A paraibana Carolina Candeia criou o jogo Missão Território, uma iniciativa que permite aos participantes enfrentar crises ambientais e propor soluções coletivas. O projeto está na disputa para representar a Paraíba na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), um evento que reúne países de todo o mundo para discutir políticas e ações contra a crise climática.

Desenvolvido em 2024, o jogo foi lançado no início de um ciclo de exibições e articulações que culminará na COP 30, programada para novembro deste ano em Belém, no Pará. O Missão Território foi selecionado para a Plataforma Brasil Participativo, onde os cinco projetos mais votados em cada eixo temático terão a oportunidade de participar do maior evento climático do planeta.

O jogo está sendo aplicado de forma experimental em escolas públicas do Pará e da Paraíba, simulando problemas reais enfrentados no Brasil, como queimadas e enchentes, e incentivando a tomada de decisões em grupo. Carolina disponibiliza o jogo diretamente aos professores, para que este possa ser utilizado em sala de aula. Ela explica que a ideia surgiu ao observar que os desafios climáticos envolvem não apenas questões técnicas, mas também pedagógicas e educativas.

“A ideia do jogo surgiu a partir da minha observação ao participar de várias reuniões com atores do ecossistema ambiental. Percebi que os problemas climáticos tinham questões não somente técnicas, mas também pedagógicas e educacionais. Temos também ajuda de um game designer, uma pedagoga e uma engenheira ambiental”, afirmou Carolina.

O Missão Território é um jogo cooperativo onde os participantes gerenciam um território em crise e precisam tomar decisões que equilibram três indicadores: saúde ambiental, justiça social e economia sustentável. Cada rodada é guiada por cartas de instabilidade que apresentam problemas reais, como cortes orçamentários, queimadas, enchentes ou conflitos comunitários. O grupo deve escolher soluções coletivas para cada situação.

Não há competição individual; se o território colapsa, todos perdem, e se se mantém, todos vencem juntos. O objetivo, segundo Carolina, é que os participantes reflitam sobre os desafios ambientais e se sintam motivados a agir na vida real.

“O maior ganho é a conscientização ambiental. Em cerca de 60 minutos, os participantes refletem e discutem sobre vários problemas ambientais que aconteceram ou ainda acontecem no Brasil. Depois, o engajamento. Comumente, as pessoas se sentem mobilizadas a participarem de ações reais de mobilização ou preservação ambiental”, comentou Carolina.

A votação para que o projeto participe da COP 30 vai até 31 de outubro de 2025, na plataforma Gov.br, na Chamada Brasil Participativo. Para apoiar, basta clicar em “VOTAR”, fazer login com a conta Gov.br e apertar “APOIAR” no final da página.