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Leilão da ANP oferece blocos para exploração de petróleo na bacia potiguar
17 de junho de 2025 / 10:06
Foto: Divulgação

A Petrobras fez uma importante descoberta de petróleo em águas profundas na Bacia Potiguar, localizada na Margem Equatorial, que se estende até o Amapá. Um dos blocos exploratórios está situado a 398 km da Ilha de Fernando de Noronha, o que gerou preocupações entre especialistas. Recentemente, o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) alertou que um possível vazamento de petróleo na região poderia ser rapidamente transportado pelas correntes marítimas até a ilha.

O leilão de petróleo realizado na terça-feira (17) pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) incluiu 17 blocos marítimos na Bacia Potiguar, que se localiza entre as costas do Rio Grande do Norte e do Ceará. A Bacia Potiguar é considerada uma nova fronteira exploratória brasileira em águas profundas e ultraprofundas, sendo frequentemente referida como o “novo pré-sal”.

Para os ambientalistas, a exploração petrolífera na região pode acarretar sérios danos ambientais, afetando diretamente o território amazônico. Além da Bacia Potiguar, outras bacias estão incluídas, como as da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas e Ceará.

A Margem Equatorial é vista pela ANP como uma área de exploração em estágio inicial, mas com grande potencial para reservas de petróleo. O leilão recente é o 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão, que oferece 16 setores em cinco bacias sedimentares, das quais quatro são marítimas, incluindo a Bacia Potiguar.

Descobertas Recentes na Bacia Potiguar

Na Bacia Potiguar, a Petrobras fez as seguintes descobertas:

  • Petróleo no poço exploratório Anhangá: Descoberto em abril de 2024, a uma profundidade de 2.196 metros e a 79 km da costa potiguar. O poço está próximo à divisa entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte, a cerca de 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal.
  • Hidrocarboneto no poço exploratório Pitu Oeste: Encontrado em janeiro de 2024, também em águas profundas, a 52 km da costa do Rio Grande do Norte. A viabilidade econômica da descoberta ainda é inconclusiva, segundo a Petrobras.

Os dois poços estão a cerca de 24 km de distância um do outro e ainda estão passando por avaliações complementares pela Petrobras. A empresa garantiu que não houve incidentes envolvendo trabalhadores ou danos ao meio ambiente durante a perfuração.

Em 2023, a Petrobras havia encerrado suas operações em terra no Rio Grande do Norte, após vender todos os seus ativos no estado, incluindo a refinaria Clara Camarão. No entanto, meses depois, a empresa reabriu sua sede no estado e anunciou a criação de um centro especializado em energia renovável em Natal.