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Mais de 1.300 animais silvestres são capturados em áreas urbanas da Grande São Luís em 2025
22 de julho de 2025 / 21:42
Foto: Divulgação

O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) registrou um total de 1.335 ocorrências de captura de animais silvestres na região metropolitana de São Luís entre janeiro e julho de 2025. Esse número significativo destaca a prevalência de jiboias, que correspondem a 63% das intervenções realizadas durante esse período.

Além das jiboias, as equipes de bombeiros atenderam a chamados envolvendo diversas espécies, incluindo cutias, macacos, jacarés e enxames de abelhas. Segundo os bombeiros, o aumento da presença desses animais em áreas urbanas está diretamente relacionado à busca por alimento, abrigo e à degradação dos habitats naturais, causada pelo crescimento desordenado das cidades.

A tenente Letícia Rodrigues, do Batalhão de Bombeiros Ambiental (BBA), comentou sobre a situação: “Com o crescimento das cidades e o desmatamento das áreas de mata, os animais silvestres acabam se deslocando e ocupando os centros urbanos em busca de sobrevivência”.

Embora a presença de cobras possa gerar preocupação, a tenente esclareceu que, na maioria das situações, as jiboias não oferecem risco à população. “As jiboias não são peçonhentas. Elas costumam se alimentar de pequenos roedores e aves. Apesar de seu tamanho causar temor, são animais que geralmente não atacam, a menos que sejam provocados”, afirmou.

Os bairros próximos a matas e terrenos baldios são os que mais frequentemente registram esse tipo de ocorrência. Em caso de avistamento de animais silvestres em áreas urbanas, a recomendação é clara: não se aproxime, não tente capturar e acione imediatamente o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.

A tenente Letícia também enfatizou a importância da educação ambiental e do planejamento urbano responsável. “A convivência com a fauna faz parte da nossa realidade. Portanto, é preciso desenvolver ações de educação ambiental e planejamento urbano que considerem essa convivência de forma segura e respeitosa para ambos os lados”, concluiu.