
O Projeto Ciência Cidadã, que visa promover pesquisas ambientais em Fernando de Noronha, alcançou um marco significativo com mais de 10 mil contribuições de fotos e vídeos nos últimos quatro anos. O balanço das atividades foi divulgado nesta quinta-feira (6) e destaca a participação ativa de guias de turismo, moradores, mergulhadores e visitantes da ilha.
Coordenado pela Rede Observadores da Natureza para o Desenvolvimento Ambiental das Ilhas Oceânicas (Onda ILOC), o projeto é fundamental para pesquisadores que frequentemente estão distantes da ilha. A coordenadora da rede, Ana Clara Suhett, enfatizou a importância dessas contribuições, afirmando que os voluntários realizam observações diárias do céu e do mar, contribuindo para o monitoramento da biodiversidade.
Os estudos realizados pela rede abrangem diversas espécies, incluindo tubarões, raias, aves, tartarugas, corais, caranguejos e peixes. Os interessados em colaborar podem enviar suas observações através do perfil da rede no Instagram. Ana Clara mencionou que, em média, cerca de 500 registros são recebidos mensalmente, com variações conforme a época do ano e os temas de interesse.
Contribuições sobre tubarões
- A maior parte das contribuições está focada nos tubarões.
- Até o momento, aproximadamente 7,5 mil registros foram coletados.
- O projeto é um dos pilares mais importantes para a ampliação dos dados sobre tubarões e raias.
- Envolve a participação de cidadãos cientistas em atividades de monitoramento e pesquisa.
Bianca Rangel, coordenadora do Projeto Tubarões e Raias de Noronha, destacou que a participação dos colaboradores é diversificada, incluindo atividades como captura científica e monitoramento com drones.
Bruno Galvão, um guia de turismo local e um dos voluntários mais engajados, realiza registros de tubarões e aves, entre outras espécies. Ele acredita que o turismo pode servir como uma ferramenta de conexão e conservação. “Cada trilha, mergulho ou observação é uma chance de mostrar a verdadeira riqueza de Noronha: o ecossistema. A experiência aqui não é o luxo, é a natureza”, afirmou.
Reconhecido como especialista, Bruno participa de congressos científicos para compartilhar suas observações e expressou sua satisfação ao ver seu trabalho valorizado, destacando que isso demonstra uma contribuição real para a pesquisa.