A seca extrema tem causado sérios prejuízos nas lavouras do Piauí, afetando mais de 100 municípios em setembro, conforme aponta o boletim do Monitor de Secas. O relatório revela que 116 cidades foram classificadas no nível S3, que representa a condição mais severa de seca registrada no mês.

A classificação de seca extrema (S3) resulta em perdas significativas tanto na agricultura quanto na pecuária, além de provocar a escassez de água em diversas regiões e restrições no uso do recurso hídrico pela população. O sistema de monitoramento categoriza a seca em níveis que variam de S0 (seca fraca) a S4 (seca excepcional), sendo que o nível S4 não foi identificado neste boletim.

Além disso, outros 102 municípios estão enfrentando seca grave (S2), o que implica em perdas agrícolas prováveis e a falta recorrente de água. A seca moderada (S1) foi registrada em 54 cidades, onde os danos às plantações e pastagens são evidentes, com reservatórios operando em níveis críticos e restrições voluntárias no uso da água.

Por outro lado, a seca fraca (S0), que é a forma menos severa, foi identificada em 8 municípios. Os impactos dessa condição são mais notáveis na zona rural, onde períodos curtos de estiagem comprometem o plantio e o desenvolvimento das lavouras. As pastagens, após longos períodos de seca, apresentam uma recuperação parcial.

Vale destacar que um mesmo município pode ser classificado em mais de uma categoria, dependendo da intensidade da seca em diferentes áreas. As secas fracas e moderadas (S0 e S1) são mais frequentes, enquanto os níveis mais severos (S2, S3 e S4) ocorrem com intervalos superiores a 10 anos.

Esse levantamento reforça o alerta para o Piauí, que está enfrentando um dos períodos mais secos dos últimos anos. A estiagem impacta diretamente a produção agrícola, o abastecimento de água e a economia do estado. Quase metade do território piauiense está em alerta devido à severidade da seca.