
O Maranhão se destacou na abertura da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que teve início nesta segunda-feira (10) em Belém, no Pará. O governador Carlos Brandão, do PSB, apresentou uma série de programas ambientais que foram reconhecidos tanto nacional quanto internacionalmente, focando em iniciativas de regularização fundiária, reflorestamento e combate às queimadas.
Entre as iniciativas apresentadas, o programa Solo Seguro foi destacado, sendo reconhecido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) como o melhor programa de regularização fundiária rural do Brasil. Outro projeto relevante é o Terra para Elas, que recebeu uma premiação da Organização das Nações Unidas (ONU) por facilitar o acesso das mulheres à terra. Brandão também mencionou o Floresta Viva Maranhão, que foi lançado em 2024 e é considerado o maior viveiro público do país, situado em São Bento.
“Estamos trazendo programas que deram certo no estado e que queremos expandir. Durante a COP, vamos assinar um contrato de R$ 530 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ações de regularização fundiária”, afirmou o governador.
Projetos reconhecidos e novos investimentos
Além das premiações, o Maranhão também apresentou o programa Paz no Campo, que é voltado à regularização fundiária. Brandão destacou que o estado recebeu uma premiação pelo programa, que ficou em primeiro lugar entre 143 projetos avaliados pelo CNJ. Ele ainda ressaltou que o Maranhão deve captar recursos internacionais nos próximos anos para expandir projetos de bioeconomia, recuperação de áreas degradadas e inclusão social no campo.
“Estamos mostrando que o Maranhão está preparado para expandir as políticas ambientais e firmar novas parcerias”, completou.
Participação feminina e ações sustentáveis
O governador também enfatizou a importância do programa Terra para Elas, que visa a regularização de terras para mulheres. “É um programa coordenado pela ONU. Já lançamos no Quilombo Boa Vista, em Rosário, e vamos expandir para outras regiões do estado”, afirmou.
Além disso, Brandão mencionou o Maranhão Sem Queimadas, que atua na prevenção e combate a incêndios florestais, e o Floresta Viva, que incentiva o replantio de espécies nativas e a recuperação de áreas degradadas.
Abertura da COP 30
A COP 30 teve início com uma plenária lotada e a presença de representantes de 194 países. O evento começou por volta das 10h30, no Parque da Cidade, uma das principais áreas de debate, conhecida como zona azul. A cerimônia de abertura contou com a apresentação da cantora Fafá de Belém e discursos do presidente da COP e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lamentou a tragédia climática no Paraná e enfatizou a urgência de ações globais para conter as mudanças climáticas.
Cerca de 500 mil pessoas estão participando da conferência, que se estenderá até o dia 31 de novembro, com temas centrais que incluem a transição energética, o financiamento climático e a proteção das florestas tropicais.
Maranhão na agenda internacional
A participação do Maranhão na COP 30 reforça o papel do estado na agenda ambiental global. A delegação maranhense, acompanhada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema), apresentou projetos voltados ao combate aos impactos ambientais e à valorização das florestas. “É uma grande oportunidade de mostrar que o Maranhão está avançando em sustentabilidade e conquistando reconhecimento internacional pelos resultados concretos”, concluiu Brandão.