
O Maranhão é o estado brasileiro com o maior número de obras públicas paralisadas, totalizando 1.232 projetos, de acordo com levantamento divulgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Os dados, apresentados nesta quarta-feira (4), destacam que o país possui 11,9 mil empreendimentos interrompidos, o que representa 52% dos contratos de execução em andamento.
O relatório aponta que essas obras já consumiram cerca de R$ 9 bilhões em recursos federais, sendo necessários mais R$ 20 bilhões para concluí-las. Projetos nas áreas de saúde e educação concentram a maior parte das paralisações: são 8,7 mil iniciativas, ou 72% do total, incluindo unidades básicas de saúde, escolas e creches.
Segundo o relator do processo, ministro Vital do Rêgo, o cenário é alarmante. “A cada dois empreendimentos contratados com recursos federais, um encontra-se paralisado”, afirmou. Entre os estados mais afetados após o Maranhão estão a Bahia (972 obras), Pará (938), Minas Gerais (895) e São Paulo (728).
O alto número de obras paradas no Maranhão reflete desafios históricos na gestão de recursos públicos e na condução de projetos essenciais para a população. As paralisações afetam diretamente o acesso da população a serviços básicos como saúde e educação, agravando desigualdades regionais.
Especialistas apontam que a interrupção de obras essenciais, como escolas e hospitais, prejudica o desenvolvimento social e econômico do estado. Além disso, os custos para reiniciar os projetos tendem a ser mais altos, devido à deterioração das estruturas e à necessidade de ajustes nos contratos.