
A reconstrução do muro do Mosteiro de São Bento, localizado no Centro Histórico de João Pessoa, está em andamento após o desabamento ocorrido na noite de sexta-feira (7). A Arquidiocese da Paraíba, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Iphaep e a Secretaria de Infraestrutura de João Pessoa (Seinfra), se reuniu nesta segunda-feira (10) para discutir as medidas necessárias para a recuperação da estrutura.
Durante a reunião, ficou decidido que será construído um muro de arrimo para dar suporte à nova construção. O padre Marcondes, curador do patrimônio histórico da Arquidiocese, destacou que o trecho remanescente do muro será removido devido ao comprometimento da estrutura. Além disso, um projeto de recomposição do muro será elaborado, e o monitoramento da área continuará.
A assessora técnica da Seinfra, Glenda Ramos, informou que uma equipe técnica será designada para a remoção do restante do muro, enquanto outra equipe ficará responsável pela elaboração do projeto do muro de arrimo.
Diretrizes para a reconstrução
O superintendente do Iphan, Emanuel Braga, ressaltou que as diretrizes para a reconstrução foram definidas na reunião, incluindo ações emergenciais que já haviam sido apresentadas em uma vistoria inicial. O cronograma para a entrega do projeto é de duas semanas, com um prazo adicional de 15 dias para o início das obras.
Braga enfatizou que o desabamento foi resultado do acúmulo de chuvas na região. O custo da construção do muro de arrimo será coberto pela Prefeitura de João Pessoa, enquanto a reconstrução do muro original dependerá de parcerias para sua viabilização.
Histórico do desabamento
O incidente ocorreu por volta das 18h40 e, segundo a Arquidiocese, não houve feridos nem danos a veículos nas proximidades. A administração do Mosteiro já havia alertado as autoridades sobre o risco de desabamento desde fevereiro, quando a área foi interditada como medida preventiva.
No dia 18 de fevereiro, uma inspeção técnica identificou o aumento das fissuras na estrutura, levando ao início dos estudos para uma intervenção definitiva. Em nota, o Iphaep constatou no dia 20 de fevereiro um recalque no solo, que, aliado ao encharcamento da base e ao entupimento dos drenos, comprometeu a estabilidade do muro.
Após o desabamento, a Prefeitura de João Pessoa, em colaboração com a Defesa Civil e a Seinfra, realizou a proteção da área para garantir a segurança e permitir a análise dos destroços pelas equipes do Iphan. A Arquidiocese determinou uma intervenção emergencial para a construção de um muro de contenção, seguindo as orientações dos órgãos competentes.