
A Meta está redesenhando sua estratégia em inteligência artificial com o desenvolvimento do Avocado, um novo modelo que tem lançamento previsto para o primeiro trimestre de 2026. Fontes próximas ao projeto indicam que este modelo deverá ser fechado, com acesso restrito e comercializado pela própria empresa, marcando uma mudança significativa em relação aos seus produtos anteriores. Essa decisão ocorre após o desempenho abaixo do esperado do Llama 4, um modelo de código aberto que não atingiu as metas internas da companhia no Vale do Silício. Em resposta, a Meta iniciou um processo de contratações e reorganização interna para acelerar a criação de um sistema competitivo, capaz de rivalizar com gigantes do setor como OpenAI, Google e Anthropic.
Em junho, a empresa investiu US$ 14,3 bilhões para adquirir participação na Scale AI e contratou seu fundador, Alexandr Wang, que assumiu o comando da área de IA. Wang, conhecido por sua defesa de modelos fechados, lidera uma equipe composta por pesquisadores e engenheiros que vieram de empresas renomadas como GitHub e OpenAI, incluindo Nat Friedman e Shengjia Zhao. Essa reorganização interna também trouxe à tona o TBD Lab, um grupo de desenvolvimento que trabalha diretamente com Mark Zuckerberg na criação das novas plataformas.
O orçamento da Meta para investimentos de capital em 2025 foi ampliado, estimando gastos entre US$ 70 bilhões e US$ 72 bilhões para suportar essas iniciativas. Em paralelo ao Avocado, a empresa segue testando a próxima geração do Llama, focando em garantir alto desempenho e treinamento adequados para a competitividade do modelo assim que for lançado. Contudo, a Meta ainda não divulgou detalhes específicos sobre as capacidades técnicas, arquitetura ou integrações possíveis com outros produtos da empresa, como Facebook, Instagram ou WhatsApp.
A transição rumo ao modelo fechado simboliza o maior afastamento da Meta da estratégia anterior, que privilegiava produtos de código aberto, alinhando a empresa com a abordagem adotada por seus principais concorrentes no mercado de inteligência artificial generativa. Essa mudança evidencia a busca da Meta por liderança e inovação no setor, apostando em um controle maior sobre seus modelos e produtos futuros.