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Ministério da Saúde emite alerta sobre contaminação do Rio Tocantins após queda da ponte JK e apresenta recomendações
30 de janeiro de 2025 / 17:41
Foto: Divulgação

O Ministério da Saúde divulgou recentemente uma Nota Técnica Conjunta com orientações para a população que reside nas proximidades do Rio Tocantins, que enfrenta riscos de contaminação devido ao desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, ocorrido em dezembro de 2024. A queda da ponte, que conecta Aguiarnópolis (TO) a Estreito (MA), resultou na liberação de agrotóxicos e ácido sulfúrico nas águas do rio.

Desde o incidente, ocorrido em 22 de dezembro, o Ministério tem monitorado a situação. Embora não haja indícios de contaminação até o momento, a nota informativa propõe estratégias para mitigar potenciais impactos à saúde humana, animal e ambiental. Além disso, orienta as equipes de saúde locais sobre como lidar com casos de intoxicação por produtos químicos.

A publicação, redigida em linguagem acessível, visa servir como um recurso para a comunicação de riscos, ajudando a população a se proteger e a evitar pânico desnecessário. O foco é estabelecer confiança e fornecer informações claras sobre medidas preventivas.

Qualidade da Água do Rio Tocantins

A última análise da qualidade da água do Rio Tocantins foi realizada em 8 de janeiro, por órgãos como a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Os resultados não mostraram contaminação, mas os técnicos continuam monitorando a situação, uma vez que os produtos químicos ainda estão depositados no leito do rio, representando um risco potencial de vazamento.

Os órgãos ressaltam que uma eventual contaminação pode afetar diversos usos do rio e impactar comunidades tradicionais, indígenas e ribeirinhas.

Recomendações do Ministério da Saúde

  • Aos profissionais de saúde da vigilância em saúde ambiental:
    • Identificar áreas de risco de contaminação da água;
    • Emitir alertas sobre restrições de uso da água em regiões afetadas;
    • Monitorar resíduos de agrotóxicos em água para consumo humano;
    • Desenvolver estratégias de comunicação de risco para a população exposta.
  • Aos profissionais de saúde da Rede de Atenção à Saúde:
    • Realizar avaliação inicial de pessoas com queixas como dor de garganta, náuseas, fraqueza muscular e outros sintomas relacionados.
  • À população em geral:
    • Evitar contato com a água do rio em caso de contaminação confirmada;
    • Não utilizar a água para atividades de lazer até que as autoridades garantam segurança;
    • Procurar uma unidade de saúde se houver contato com produtos químicos;
    • Não induzir o vômito em caso de ingestão de água contaminada.

Desabamento da Ponte e Consequências

O desabamento da ponte completou um mês em 22 de janeiro, trazendo sérias consequências econômicas para as cidades afetadas. Oito corpos foram recuperados, mas três pessoas ainda estão desaparecidas. As buscas estão suspensas devido à abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito, mas as equipes de resgate permanecem na região para reiniciar as operações assim que o nível da água permitir.

Após o colapso, o Ministério dos Transportes anunciou que uma nova ponte será construída, com previsão de conclusão em um ano. Os trabalhos já começaram com a demolição da estrutura remanescente.

A queda da ponte, que possuía 533 metros de extensão e foi construída na década de 1960, está sendo investigada pela Polícia Federal. Recentemente, quatro servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) foram afastados para facilitar a apuração dos fatos.

As vítimas do desabamento incluem pessoas de diversas idades e origens, e a identificação continua sendo realizada pelas autoridades competentes. O impacto da tragédia é sentido profundamente nas comunidades locais, que enfrentam a perda de vidas e a incerteza quanto ao futuro.