
Neste sábado, dia 21, está programado mais um voo trazendo repatriados brasileiros para Fortaleza. A partir de agora, os repatriados serão direcionados para seus destinos finais por meio de transportes rodoviários, conforme anunciou o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
De acordo com o balanço divulgado pelo ministério, aproximadamente 80,32% dos brasileiros deportados dos Estados Unidos até o momento enfrentaram “jornadas exaustivas de trabalho, de oito horas ou mais por dia, em contextos muitas vezes precarizados”.
Após a chegada à capital cearense, os repatriados serão levados para seus respectivos destinos, seja por transporte rodoviário ou, em casos prioritários que envolvem necessidades de acessibilidade, por voos comerciais.
Balanço das operações de repatriação
Até agora, 892 pessoas foram repatriadas, e o Brasil tem recebido, em média, dois voos mensais. A escolha de Fortaleza como ponto de chegada visa evitar que os brasileiros sejam transportados algemados pelo território nacional.
- A maioria dos repatriados está na faixa etária de 18 a 49 anos, representando 87,73% do total.
- Apenas 1,15% são pessoas idosas (acima de 60 anos) e 4,59% são crianças e adolescentes (entre 0 e 17 anos).
- Mais de 80% dos repatriados são homens, e apenas 13,36% chegaram em núcleos familiares.
- Minas Gerais foi o estado que mais recebeu repatriados, seguido por Rondônia, São Paulo, Goiás e Pará.
- Outros estados que também receberam brasileiros de volta dos EUA incluem Espírito Santo, Rio de Janeiro, Ceará, Paraná, Mato Grosso, Distrito Federal e Santa Catarina.
- Uma grande parte (26,05%) dos repatriados morou nos Estados Unidos por períodos curtos, variando de menos de três meses a seis meses.
- Entre os repatriados, 72,1% pretendem voltar a trabalhar, 19,57% desejam estudar e trabalhar, e 5,81% têm apenas a intenção de estudar.
- Ao chegarem ao Brasil, quase 75% foram para a casa de familiares ou amigos, 33,76% se dirigiram a uma casa própria ou alugada, 1,99% foram para abrigos públicos e 1,17% se hospedaram em hotéis.
A situação dos repatriados destaca a necessidade de atenção e suporte para aqueles que retornam ao país após experiências difíceis no exterior.