João Pessoa 28.13 nublado Recife 27.02 nublado Natal 28.12 nuvens dispersas Maceió 23.69 névoa Salvador 25.98 nublado Fortaleza 29.07 céu limpo São Luís 30.11 céu limpo Teresina 36.84 algumas nuvens Aracaju 26.97 nublado
Moradores da Zona Oeste de Natal enfrentam longas filas e escassez de fichas em unidade de saúde
12 de agosto de 2025 / 19:00
Foto: Divulgação

Moradores do bairro Cidade Nova, localizado na Zona Oeste de Natal, estão enfrentando sérias dificuldades para conseguir atendimento médico na Unidade de Saúde da Família (USF) da região. Nesta terça-feira (12), relatos de usuários indicam que, há cerca de um mês, não há fichas suficientes disponíveis para consultas com clínicos gerais.

A dona de casa Renata Rodrigues compartilhou sua experiência, afirmando que chegou ao local às 4h da manhã, mas não conseguiu agendar uma consulta. “São quatro terças-feiras seguidas que a nossa área não tem ficha. Chegamos de madrugada e muitas vezes voltamos sem atendimento,” disse Renata.

A insatisfação da população é crescente, especialmente após a redução do horário de funcionamento da unidade. Desde 5 de agosto, a USF passou a operar das 7h às 13h, conforme determinação da Secretaria Municipal de Saúde, que justificou a mudança pela insegurança na área. Anteriormente, o atendimento se estendia até às 16h.

Reginaldo de Assis, diretor da unidade, explicou que a alteração foi necessária devido a ocorrências policiais na região e à falta de vigilantes para garantir a segurança tanto da equipe quanto dos pacientes. “Buscamos essa segurança já que não temos vigilantes para proteger a equipe e a população,” afirmou.

Mesmo com a chegada antecipada, os usuários relatam que não conseguem garantir uma ficha para atendimento. Às 10h desta terça-feira, ainda havia pessoas esperando na recepção. Célia Maria, outra dona de casa, expressou sua frustração ao tentar agendar consultas para seus familiares idosos. “Meu sogro tem 83 anos e problemas de visão. Chegamos cedo e não conseguimos,” lamentou.

A direção da unidade informou que conta com quatro equipes médicas, que atendem em média 50 pacientes por dia. A situação tem gerado preocupação e descontentamento entre os moradores de Cidade Nova, que clamam por soluções para melhorar o acesso à saúde na região.