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Mulheres da Santa Casa no Nordeste superam média salarial nacional e recebem mais que homens
19 de julho de 2025 / 10:37
Foto: Divulgação

Os Relatórios de Transparência e Igualdade Salarial de Mulheres e Homens, referentes ao primeiro semestre de 2025, apresentam resultados encorajadores nas unidades da Santa Casa de Maceió, Santa Casa Farol e Santa Casa Nossa Senhora da Guia. Diferente da histórica desigualdade salarial, os dados mostram que as mulheres não apenas atingiram a paridade com os homens, mas em várias situações, possuem salários superiores.

Elaborados com base em informações do eSocial, da RAIS 2024 e do Portal Emprega Brasil, que indicam que, em média, as mulheres no Brasil recebem 20,9% a menos que os homens, os relatórios demonstram que as funcionárias do complexo hospitalar alagoano têm salários médios e medianos superiores aos dos homens.

Compromisso com a igualdade

Silvio Melo, gerente corporativo de Gestão de Pessoas, destacou que “os documentos refletem a seriedade do nosso compromisso com a valorização profissional, a diversidade e a equidade de gênero. Essas práticas vão além de uma obrigação legal, fazendo parte da cultura da Santa Casa”.

Destaques por unidade

  • Santa Casa de Maceió: Com 2.324 colaboradores, a unidade alcançou 100% de paridade no salário contratual mediano entre mulheres e homens, com uma remuneração média mensal 1% superior para as mulheres e 73,6% de participação feminina na força de trabalho.
  • Santa Casa Nossa Senhora da Guia: Unidade referência em saúde materno-infantil com 196 colaboradores, dos quais 80,6% são mulheres. O salário contratual mediano das mulheres equivale a 108,5% do recebido pelos homens, e a remuneração média mensal feminina é 29,1% maior que a dos homens.
  • Santa Casa Farol: Com 394 trabalhadores, 78,2% da equipe é feminina. Os dados indicam que o salário contratual mediano das mulheres é 27,6% maior que o dos homens, e a remuneração média mensal é 35,3% superior para as mulheres.

A política de remuneração da instituição é baseada em critérios objetivos, como experiência profissional, trabalho em equipe e desenvolvimento de ideias. Silvio Melo explica que esses critérios são aplicados de forma ampla, desde o processo de seleção até as promoções, sem distinção de gênero, raça, religião ou orientação sexual.

A Santa Casa também se destaca pela maior presença de mulheres em cargos executivos, com onze mulheres e dez homens em posições de gerência. “A participação feminina em cargos de liderança, como supervisoras e gerentes, alcança 74,11%”, ressaltou Melo.

Os resultados apresentados em junho estão alinhados com a Lei nº 14.611/2023, que exige que empresas com mais de 100 empregados divulguem relatórios periódicos sobre igualdade salarial. No entanto, a Santa Casa vai além dessa exigência legal, incorporando essas práticas à sua identidade organizacional.

Iniciativas de valorização e inclusão

Além da política salarial, a Santa Casa de Maceió tem ampliado suas iniciativas de valorização e inclusão social. Com o programa “Além da Cota”, que visa a inclusão de Pessoas com Deficiência (PCDs), a instituição não apenas cumpre as vagas obrigatórias, mas também promove um ambiente que estimula o desenvolvimento profissional desses colaboradores.

“Realizamos ações que vão desde o recrutamento de aprendizes e PCDs até processos internos de promoção e banco de talentos. Anualmente, conduzimos a Pesquisa de Clima Organizacional, que nos permite avaliar e melhorar continuamente”, finalizou Silvio Melo.

Em 2023, a Santa Casa de Maceió implementou um sistema de gestão de Compliance, o primeiro em um hospital de Alagoas, com foco na proteção contra assédio sexual, moral e importunação sexual.