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Nordeste do Brasil registra 12 novos bilionários e acumula R$ 84 bilhões em riquezas em 2025
4 de setembro de 2025 / 10:21
Foto: Divulgação

Em 2025, o Nordeste saltou de 18 para 30 bilionários na lista anual da Forbes, que reúne os 300 brasileiros com fortuna acima de R$ 1 bilhão. Juntas, as fortunas dos nordestinos somam R$ 84 bilhões — número que deixaria a região entre os cinco mais ricos do Brasil, se considerada uma só pessoa.

O Ceará se consolidou como o polo mais concentrado da elite patrimonial nordestina, com 18 nomes na lista. Logo depois, vêm Pernambuco (5), Maranhão (4), Bahia (2) e Alagoas (1). O destaque absoluto é o cearense Mário Araripe, fundador da Casa dos Ventos, com R$ 18,1 bilhões. Ele é hoje o 26º homem mais rico do Brasil, à frente de nomes tradicionais da indústria nacional.

Araripe lidera a nova geração de magnatas nordestinos com fortunas forjadas no setor de energia renovável. Ao seu lado, aparecem empresários do varejo, tecnologia, saúde, alimentos e construção.

Bilionários em família

O segundo colocado da região é Ilson Mateus, do Grupo Mateus (MA), com R$ 10,9 bilhões, seguido por Cândido Pinheiro, fundador da operadora de saúde Hapvida (CE), com R$ 8,8 bilhões.

Outros nomes de peso incluem Amarílio Macêdo (J. Macêdo), Oto Cavalcante (Arco Educação), Flávio Rocha (Guararapes/Riachuelo), Carlos Pedreira Filho (Grupo GPS) e Antônio Augusto de Queiroz Galvão, da tradicional Queiroz Galvão, um dos cinco representantes de Pernambuco no ranking.

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Entre as mulheres, destacam-se Maria Consuelo Leão Dias Branco e Maria Regina Saraiva Leão Dias Branco Ximenes, acionistas da M. Dias Branco, gigante do setor alimentício, com raízes no Ceará. Maria Barros Pinheiro, do Grupo Mateus, também aparece entre as mais ricas do Nordeste, ao lado da pernambucana Lisiane Gurgel Rocha (Guararapes).

A presença feminina ainda é minoritária, mas vem crescendo, com sete mulheres nordestinas no ranking — quase todas ligadas a grupos familiares consolidados.

Fortunas que crescem no interior

Chama atenção a interiorização da riqueza: boa parte das fortunas emergentes tem sede fora dos grandes centros do Sudeste. Além disso, as novas lideranças estão ligadas a setores com alto potencial de crescimento, como energia limpa, infraestrutura e tecnologia.

O Nordeste, que até poucos anos atrás era exceção na lista de bilionários da Forbes, agora é tendência. A expectativa, segundo analistas do mercado, é que o número de bilionários nordestinos continue subindo, impulsionado por investimentos em energia solar, eólica, saúde digital, educação e agroindustrialização.