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Nordeste é a região do país que mais apoia fim da escala 6×1
21 de abril de 2025 / 12:57
Foto: Divulgação

Uma possível mudança na rotina dos trabalhadores brasileiros está em debate no Congresso Nacional: a redução da carga horária semanal de 44 para 36 horas. A chamada PEC 6×1 — em referência à escala que prevê seis dias de trabalho e um de folga — está mobilizando diferentes setores da sociedade, e o apoio popular à proposta é expressivo, especialmente no Nordeste.

De acordo com levantamento realizado pela Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, 74% dos nordestinos apoiam a redução da jornada de trabalho, o maior índice entre todas as regiões do país. O número é significativamente superior à média nacional, que é de 65%. Apenas 19% dos nordestinos se dizem contrários à medida.

O Sudeste aparece logo em seguida com 66% de aprovação. As regiões Norte, Centro-Oeste e Sul demonstram apoio mais tímido, mas ainda majoritário, conforme mostra a tabela abaixo:

RegiãoA favor (%)Contra (%)
Nordeste74%19%
Sudeste66%25%
Norte59%29%
Centro-Oeste57%31%
Sul56%32%
Brasil (média)65%27%

E a PEC 6×1? Maioria também apoia

Mesmo quando se trata da proposta específica de emenda à Constituição (PEC 6×1), que pretende reduzir oficialmente a carga semanal para 36 horas, a maioria dos brasileiros continua favorável — com o Nordeste novamente à frente: 67% dos nordestinos apoiam a PEC, seguidos por 64% no Sudeste.

Impactos econômicos dividem opiniões

Sobre os efeitos dessa mudança no desenvolvimento econômico, o país está dividido. Enquanto 40% dos brasileiros acreditam que a redução será benéfica, 27% consideram que haverá prejuízos e outros 27% dizem que não faria diferença.

No Nordeste, 42% creem nos benefícios da medida, enquanto no Sudeste o índice chega a 43%. Já no Sul e no Centro-Oeste, prevalece o receio de prejuízos econômicos, ambos com 35%.

Setores mais impactados

De acordo com especialistas, os setores mais afetados por essa mudança seriam os de Comércio e Serviços, como hotéis, bares e restaurantes. A Indústria também sentiria impactos relevantes. Estudo da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) aponta que a redução da jornada para 36 horas pode gerar custo adicional de até R$ 115,9 bilhões por ano para o setor industrial.

A Federação estima ainda que os custos com pessoal podem aumentar em 15,1%, com segmentos como o de extração de petróleo e gás podendo registrar aumentos de até 19,3%.