
O governo federal, por meio do BNDES, do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério das Comunicações, está destinando R$ 53,3 milhões para fornecer internet de alta velocidade a 1.258 escolas públicas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Nesta primeira etapa, o Nordeste já conta com 341 instituições contempladas que estão recebendo essa infraestrutura essencial para a modernização das salas de aula.
Ao todo, o programa beneficiará aproximadamente 410 mil estudantes com uma conexão rápida e estável, planejada para uso educacional. Somando essa fase atual às anteriores, a iniciativa alcançará quase um milhão de alunos em todo o território nacional, promovendo avanços na qualidade do ensino.
O projeto vai além da simples oferta de conexão. Ele inclui uma infraestrutura completa, com instalação de cabos, roteadores e pontos de Wi-Fi novos, além da garantia de um serviço de internet de qualidade durante 24 meses, com manutenção contínua. Além disso, há monitoramento em tempo real para assegurar a velocidade e a estabilidade da conexão.
Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, a presença de internet adequada nas escolas é fundamental para garantir igualdade de oportunidades no aprendizado e desenvolvimento dos estudantes.
No atual momento, a implantação da internet está focada em cinco estados por meio de lotes diferenciados: no Lote A, o Pará receberá 392 escolas; no Lote B, Maranhão e Ceará terão 368 escolas conectadas; e no Lote C, Pernambuco e Bahia contemplarão 498 escolas, totalizando 1.258 instituições. O cronograma prevê que 15% das escolas estejam conectadas em até 3 meses, 50% em até 6 meses, e 100% das escolas até o prazo máximo de 9 meses.
As 341 escolas do Nordeste foram selecionadas em 2023, em uma etapa anterior que contou com investimento de R$ 60 milhões. Elas estão localizadas principalmente na Bahia, Maranhão e Paraíba. A maior parte dessas unidades escolares já possui a infraestrutura instalada ou está em fase final de implementação, ampliando as possibilidades educacionais para alunos e professores.
Esse investimento é crucial para reduzir desigualdades regionais, melhorar o padrão das aulas com o uso de tecnologias modernas e preparar os estudantes para os desafios futuros, seja para a universidade ou para o mercado de trabalho. De acordo com Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, o objetivo é expandir o alcance do Fust para as regiões com piores índices de conectividade.
Dessa forma, o acesso à internet nas escolas públicas deixa de ser um luxo e se torna uma ferramenta essencial para transformar a educação no Brasil, promovendo inclusão e modernização do ensino em regiões historicamente carentes.