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Nordeste tem novo tesouro arqueológico achado durante obras
14 de março de 2025 / 10:26
Foto: Reprodução

Um impressionante achado arqueológico foi descoberto na Ilha de Bom Jesus dos Passos, localizada na Bahia. Durante escavações para obras de esgotamento sanitário, funcionários da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) se depararam com vestígios históricos que intrigam pesquisadores e moradores locais.

A descoberta ocorreu próximo à Igreja do Bom Jesus. Erguida no século XVII, o local traz quase cinco séculos de história. E muitas delas escondidas. A princípio, a novidade gerou grande entusiasmo entre os estudiosos. De acordo com a professora e pesquisadora Patrícia Lessa e Luiz Henrique Correia, membro da irmandade do Sr. Bom Jesus dos Passos, os achados trazem uma nova luz sobre o passado da ilha. Ambos são fundadores do Centro de Memória na Ilha e vêm catalogando os artefatos recuperados.

O que a escavação encontrou?

Os escavadores trouxeram à tona uma coleção diversificada de artefatos, como:

ArtefatoOrigem/Descrição
Alicerces antigos de tijolosConstruções coloniais
Tecidos de seda roxaProvável uso religioso ou cerimonial
Fragmentos de potes de barroPinturas vermelhas e brancas, estilo indígena
Porcelanas portuguesas e holandesasCom marcas das fábricas
Ossos incrustados em tecidosIndícios de sepultamentos antigos
Arpão de ferro maciçoPossível uso na pesca ou defesa
Cavilhas de embarcações antigasPeças de antigas naus
EspadaPotencialmente de origem militar

Em entrevista ao jornal A Tarde, a professora Patrícia Lessa destacou a importância dos achados para a história local: “O solo à mostra revelou várias camadas, relativas a tempos ancestrais, com estruturas e objetos nelas acomodados”. A ilha, antes chamada de Pataíba Assu pelos indígenas tupinambás, guarda marcas de ocupação há séculos. E esse novo conjunto de descobertas amplia a compreensão sobre o período colonial e a influência de diferentes povos na região.

Reflexos na Comunidade

A descoberta mobilizou moradores e visitantes, que agora acompanham com curiosidade as pesquisas e os esforços de preservação dos artefatos. Ao mesmo tempo, a expectativa é que os objetos agora irão para análise em laboratórios. Além disso, futuramente façam parte de uma exposição no Centro de Memória da ilha para apreciação pública.