
Um impressionante achado arqueológico foi descoberto na Ilha de Bom Jesus dos Passos, localizada na Bahia. Durante escavações para obras de esgotamento sanitário, funcionários da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) se depararam com vestígios históricos que intrigam pesquisadores e moradores locais.
A descoberta ocorreu próximo à Igreja do Bom Jesus. Erguida no século XVII, o local traz quase cinco séculos de história. E muitas delas escondidas. A princípio, a novidade gerou grande entusiasmo entre os estudiosos. De acordo com a professora e pesquisadora Patrícia Lessa e Luiz Henrique Correia, membro da irmandade do Sr. Bom Jesus dos Passos, os achados trazem uma nova luz sobre o passado da ilha. Ambos são fundadores do Centro de Memória na Ilha e vêm catalogando os artefatos recuperados.
O que a escavação encontrou?
Os escavadores trouxeram à tona uma coleção diversificada de artefatos, como:
Artefato | Origem/Descrição |
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Alicerces antigos de tijolos | Construções coloniais |
Tecidos de seda roxa | Provável uso religioso ou cerimonial |
Fragmentos de potes de barro | Pinturas vermelhas e brancas, estilo indígena |
Porcelanas portuguesas e holandesas | Com marcas das fábricas |
Ossos incrustados em tecidos | Indícios de sepultamentos antigos |
Arpão de ferro maciço | Possível uso na pesca ou defesa |
Cavilhas de embarcações antigas | Peças de antigas naus |
Espada | Potencialmente de origem militar |
Em entrevista ao jornal A Tarde, a professora Patrícia Lessa destacou a importância dos achados para a história local: “O solo à mostra revelou várias camadas, relativas a tempos ancestrais, com estruturas e objetos nelas acomodados”. A ilha, antes chamada de Pataíba Assu pelos indígenas tupinambás, guarda marcas de ocupação há séculos. E esse novo conjunto de descobertas amplia a compreensão sobre o período colonial e a influência de diferentes povos na região.
Reflexos na Comunidade
A descoberta mobilizou moradores e visitantes, que agora acompanham com curiosidade as pesquisas e os esforços de preservação dos artefatos. Ao mesmo tempo, a expectativa é que os objetos agora irão para análise em laboratórios. Além disso, futuramente façam parte de uma exposição no Centro de Memória da ilha para apreciação pública.