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Nordestino conquista 1º lugar no ITA e lidera equipe vencedora da Copa do Mundo de Robótica 2025
3 de agosto de 2025 / 20:07
Foto: Divulgação

O jovem paraibano Marcello Ryaj de Almeida Santos, de apenas 19 anos, se destacou como capitão de uma das equipes vencedoras da Copa do Mundo de Robótica 2025, que ocorreu em Salvador, na Bahia. A equipe competiu na categoria de robôs de pequeno porte na liga RoboCup Futebol, onde o desafio é desenvolver robôs autônomos capazes de participar de partidas de futebol em alta velocidade.

Natural de João Pessoa, Marcello está cursando Engenharia de Computação no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), onde obteve a primeira colocação no vestibular de 2023, um dos mais disputados do Brasil.

Durante a competição, a equipe liderada por Marcello enfrentou um time canadense em uma partida que seguia regras semelhantes às do futebol tradicional. Apesar de estar em desvantagem numérica, com apenas quatro robôs em campo contra seis adversários, o time brasileiro conquistou a vitória. A jogada decisiva aconteceu a apenas 35 segundos do final, quando um dos robôs do ITA chutou a bola e marcou o gol que garantiu o triunfo.

Os robôs brancos da equipe do ITA se destacaram na disputa final, superando a equipe canadense. O estudante explicou que a categoria exige um alto nível de técnica, incluindo o uso de visão computacional, algoritmos avançados de controle e estratégias táticas em tempo real. Os robôs devem operar de maneira autônoma, movimentando-se, posicionando-se e interagindo entre si sem intervenção humana.

“A preparação para a competição começou meses antes e foi bastante intensa. Passamos por reescritas de trechos importantes do código e desenvolvimento de estratégias táticas. Como capitão, meu papel foi coordenar a equipe, organizando cronogramas e tomando decisões estratégicas, além de manter todos motivados ao longo do processo”, relatou Marcello.

Ele destacou a honra e a responsabilidade de representar o Brasil em solo nacional. Apesar da competitividade, o clima entre as equipes foi colaborativo, com um espírito de ajuda mútua. Para Marcello, a experiência foi transformadora, permitindo-lhe perceber o impacto significativo que a robótica pode ter na sociedade.

“Foi uma explosão de emoções. Ver nosso projeto reconhecido em um palco mundial foi surreal. Todas as madrugadas de trabalho, os bugs de última hora e os momentos difíceis valeram a pena. Ganhar em Salvador, com a torcida brasileira, foi como sentir o país inteiro vibrando conosco”, afirmou o jovem.

Marcello também mencionou que o objetivo do projeto era construir uma base sólida e confiável na categoria, consolidar conhecimentos e deixar um legado para as futuras equipes que darão continuidade ao trabalho.

Sua paixão pela robótica começou no ensino médio, onde se interessou por competições técnicas. Ao ingressar no ITA, uniu-se à equipe ITAndroids, que foi fundamental para seu desenvolvimento. “Lá, aprendi muito sobre programação, eletrônica, trabalho em equipe e liderança. Participar da RoboCup foi o auge dessa trajetória até agora”, contou.

O paraibano expressou que a robótica continuará a fazer parte de seu futuro, pois combina suas paixões por matemática, física, programação e resolução de problemas reais. Ele também demonstrou interesse em áreas voltadas à educação, afirmando que, independentemente do caminho que escolher, a robótica sempre será uma base importante em sua jornada.