
O Hospital São Marcos, conhecido por seu papel no tratamento de câncer no Piauí, enfrenta uma grave crise devido à falta de medicamentos. A unidade de saúde anunciou que suspendeu os atendimentos oncológicos de mais de 1.000 pacientes, a maioria atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em decorrência da “absoluta falta de medicamentos”.
A situação se agravou por conta de um atraso de 19 meses nos repasses contratuais por parte da Prefeitura de Teresina (PMT), o que resultou em uma séria crise financeira para o hospital. Em resposta, a PMT, através da Fundação Municipal de Saúde (FMS), está considerando a realização de uma auditoria para investigar as causas dessa crise.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Piauí, Raimundo Júnior, manifestou preocupação com a situação, afirmando que “isso não é um problema da sociedade piauiense”. Ele ressaltou que a disputa contratual entre o hospital e a fundação não deve afetar o direito fundamental dos cidadãos ao acesso à saúde.
Raimundo Júnior também enfatizou que “é um problema grave, sério, urgente, que precisa ser resolvido”, alertando que questões administrativas não podem interferir no tratamento de saúde, especialmente em um contexto tão crítico como o tratamento oncológico.
A situação do Hospital São Marcos continua a ser monitorada e a reportagem está em atualização.