
A Polícia Federal (PF) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizaram, nesta terça-feira (25), uma operação que resultou no cumprimento de sete mandados judiciais contra uma empresa suspeita de comercializar produtos florestais de maneira irregular. As investigações revelaram que a empresa operava com fraudes no sistema de controle ambiental e apresentava indícios de lavagem de dinheiro.
Durante a ação, um indivíduo foi detido em flagrante por manter um animal silvestre em cativeiro sem a devida autorização, além de ser investigado por suspeitas de maus-tratos. A Justiça também determinou o bloqueio de bens, a suspensão das atividades da empresa e o cancelamento dos registros ambientais.
Os mandados foram expedidos a partir de uma solicitação da PF, que investiga o funcionamento ilegal do estabelecimento. Um dos proprietários da empresa já é réu em uma ação penal e em uma Ação Civil Pública. A investigação indicou que vários estabelecimentos operavam no mesmo endereço, ocultando seus responsáveis e realizando transações irregulares de produtos florestais.
Além disso, um dos pátios utilizados para o recebimento e envio desses produtos funcionava de forma fraudulenta. Embora tenha sido homologado pelo Ibama, a autorização deveria ter sido cancelada em 2021, devido à mudança de proprietário, razão social e endereço. Essa irregularidade pode configurar uma fraude no sistema responsável pela emissão do Documento de Origem Florestal (DOF).
Toda a madeira apreendida no pátio irregular foi doada à Secretaria de Administração Penitenciária do Maranhão (SEAP) para ser utilizada em projetos de ressocialização. A operação tem como objetivo coibir práticas ilegais e proteger os recursos naturais da região.