
O saldo de operações de crédito no sistema financeiro nacional em janeiro ficou em R$ 6,5 trilhões, o mesmo valor do mês anterior, conforme divulgado pelo Banco Central nesta quinta-feira.
Apesar da estabilidade geral, houve variações entre os setores: o crédito para pessoas físicas cresceu 1,2%, chegando a R$ 4 trilhões, enquanto o crédito para empresas recuou 1,8%, atingindo R$ 2,5 trilhões.
Nos últimos 12 meses, houve um crescimento de 11,7% no total de crédito disponível. O crédito para famílias aumentou 12,7%, enquanto o crédito para empresas cresceu 10,2%.
Juros subiram e empréstimos ficaram mais caros
A taxa de juros média dos empréstimos ficou em 29,8% ao ano, ou seja, quem pegou dinheiro emprestado vai pagar mais pelo crédito. Para empresas, a média dos juros foi de 21,4% ao ano, enquanto para pessoas físicas, chegou a 33,8% ao ano.
Mais pessoas com dificuldade para pagar dívidas
O número de pessoas e empresas que atrasaram pagamentos por mais de 90 dias aumentou. Agora, 3,2% de todas as dívidas do país estão em atraso.
As famílias brasileiras seguem bastante endividadas: quase metade da renda (48,3%) está comprometida com dívidas, como financiamentos e cartões de crédito. Esse valor se manteve estável em relação a dezembro, mas está um pouco maior do que no ano passado.
Cartão de crédito e novas regras para juros
O Banco Central também lembrou que uma nova lei, em vigor desde outubro de 2023, limita o valor total de juros cobrados em dívidas de cartão de crédito. Agora, os bancos não podem cobrar juros que ultrapassem o valor original da dívida.