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Ovitrampa: a armadilha inovadora no combate ao Aedes aegypti em Teresina
17 de abril de 2025 / 12:29
Foto: Reprodução

A Fundação Municipal de Saúde de Teresina iniciou, na terça-feira (15), a instalação de armadilhas conhecidas como ovitrampas em residências da capital, visando combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti. As armadilhas estão sendo colocadas, inicialmente, nas zonas Leste e Norte da cidade, e a participação da população é fundamental para que os agentes de saúde possam montar os equipamentos nas casas.

As ovitrampas consistem em um vaso com água e palhetas de eucatex, que simulam um ambiente propício para atrair as fêmeas do mosquito, que buscam locais com água parada para depositar seus ovos. Os equipamentos permanecerão nas residências selecionadas por um período de 5 a 7 dias.

Após esse tempo, os agentes de combate às endemias retornarão para coletar as palhetas, que serão enviadas a um laboratório para análise e contagem dos ovos. Essa ação será realizada mensalmente, com o objetivo de identificar áreas com maior infestação do mosquito. Caso sejam detectados altos índices de infestação, medidas de controle adicionais serão implementadas.

Importância da participação da população

Lina Vera, coordenadora do núcleo de controle de roedores e vetores da Gerência de Zoonoses da FMS, destacou que os resultados dessa iniciativa são cruciais para intensificar as ações de controle nas áreas mais críticas, facilitando a eliminação de criadouros e reduzindo o risco de transmissão de arboviroses, como Dengue, Zika e Chikungunya. Ela ressaltou a importância da colaboração dos moradores na manutenção de um ambiente livre de criadouros.

Teresina já registrou a primeira morte por dengue em 2025, ocorrida no dia 2 de abril, envolvendo um homem de 45 anos. Até o dia 14 de abril, a capital contabilizava 833 casos confirmados da doença.

Dados sobre a dengue no Piauí

O Piauí também registrou outras duas mortes relacionadas à dengue este ano: uma menina de 12 anos em Nazaré do Piauí, em 28 de fevereiro, e um idoso de 65 anos, em 7 de abril. Segundo o Painel Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), até 13 de abril, o estado contabilizava 2.935 casos prováveis e 1.445 confirmados. Em 2024, o Piauí teve mais de 15 mil casos e 24 mortes, o que representa um recorde de óbitos na última década.

Reconhecendo os sintomas da dengue

O Ministério da Saúde alerta que os principais sintomas da dengue incluem febre, dor de cabeça, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Sintomas graves podem incluir dor abdominal persistente, vômitos contínuos e sangramentos. Grupos de risco, como gestantes, crianças menores de 2 anos e idosos acima de 65 anos, têm maior probabilidade de desenvolver formas graves da doença. É essencial procurar atendimento médico ao notar os primeiros sinais da enfermidade para evitar complicações.

Medidas de prevenção

Para prevenir a dengue, é fundamental manter a limpeza das áreas internas e externas das residências, eliminando objetos que possam acumular água. O uso de repelentes é recomendado para proteção individual contra o mosquito Aedes aegypti. Em localidades onde a vacina está disponível, a vacinação da população elegível é aconselhada.