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Pesquisadores monitoram tubarões-tigre em nova expedição científica em Fernando de Noronha com 168 animais marcados
23 de julho de 2025 / 13:53
Foto: Divulgação

Pesquisadores deram início à segunda expedição científica do ano em Fernando de Noronha, com o objetivo de capturar, marcar e coletar amostras biológicas de tubarões, com ênfase na espécie tubarão-tigre. Nos últimos cinco anos, um total de 168 tubarões de grande porte foram marcados para monitoramento na região.

Atualmente, 49 tubarões estão equipados com rastreadores acústicos, dos quais 36 pertencem à espécie tigre. Além disso, 16 tubarões-tigre possuem rastreadores via satélite. A coordenadora do Projeto Tubarões e Raias, Bianca Rangel, que também é pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), explicou que há 19 receptores instalados ao redor da ilha, capazes de captar os sinais dos rastreadores acústicos.

Objetivos da pesquisa

No último ano, foram marcados 36 tubarões-tigre, além de outras espécies. O principal objetivo da pesquisa é compreender melhor o comportamento e o papel ecológico desses animais em Noronha. “Essas informações são fundamentais para proteger tanto os tubarões quanto as pessoas”, ressaltou Bianca.

Parceria internacional

A pesquisa é fruto de uma colaboração entre o Instituto de Biociências da USP, o Instituto Federal do Espírito Santo (campus Piúma), a Florida International University e a Universidade KAUST, da Arábia Saudita. A expedição, que se estende por dez dias, deve ser finalizada no domingo (27). Durante a expedição, a equipe já instalou um rastreador via satélite em um tubarão-tigre de 3,5 metros, permitindo monitoramento quase em tempo real. Ainda restam 21 transmissores a serem implantados.

“Nossa meta é instalar todos os transmissores, alguns com duração de até dez anos, o que permitirá acompanhar os tubarões a longo prazo”, afirmou Bianca. Ela também destacou a importância da coleta de sangue, que ajuda a analisar a saúde dos animais, seu estágio reprodutivo e as interações alimentares.

Movimentação dos tubarões

Alguns tubarões marcados com rastreadores via satélite permaneceram nas proximidades de Fernando de Noronha, enquanto outros migraram por longas distâncias, alcançando até a costa da África e a cadeia Vitória-Trindade, no Sudeste do Brasil. De acordo com Bianca Rangel, a colaboração entre as instituições é crucial para entender a biologia dos tubarões e seus padrões populacionais. Essas informações são vitais para a conservação das espécies e para a gestão ambiental de Fernando de Noronha.