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Piauí: governo foca em infraestrutura e logística para fortalecer a economia
19 de setembro de 2025 / 18:31
Foto: Divulgação

A infraestrutura do Porto Piauí, situado no município de Luís Correia, é uma das principais apostas do Governo do Estado para impulsionar o desenvolvimento econômico da região. Com um investimento previsto de R$ 7 bilhões até 2030, o porto está sendo projetado para movimentar uma variedade de produtos, incluindo grãos, pescados, combustíveis, contêineres, fertilizantes e minérios. Futuramente, o terminal também se dedicará ao transporte de hidrogênio verde e amônia, posicionando o Piauí como um centro de referência em energia limpa.

O Porto Piauí desempenhará um papel crucial na exportação de produtos piauienses, especialmente para o mercado europeu, reforçando a vocação do estado como um hub exportador.

Além do Porto, o projeto Intermodal Vale do Parnaíba complementa a malha logística do estado, com o objetivo de otimizar o escoamento da produção local. Essa iniciativa multimodal integra os transportes rodoviário, ferroviário, hidroviário e portuário, resultando em redução de custos logísticos e aumento da competitividade, o que pode atrair novos negócios para a região.

O projeto inclui a hidrovia do Rio Parnaíba, que permitirá o transporte de grãos produzidos no Cerrado piauiense até o Porto de Luís Correia, e a ferrovia do Norte do Estado, que levará ferro de qualidade ao porto, além da conexão com os modais rodoviários.

Transnordestina: Um Eixo Central da Transformação

Um dos pilares dessa transformação é a ferrovia Transnordestina, cujas obras estão avançando rapidamente. A primeira viagem com carga de milho e soja do Piauí está prevista para ocorrer em outubro deste ano, com destino ao Ceará. Essa obra, que conta com investimento do Governo Federal, é a maior em execução no Brasil.

A Transnordestina prevê uma infraestrutura robusta, com 186 milhões de metros cúbicos de terraplanagem, 143 pontes e viadutos, além de 65 km de bueiros. A ferrovia será composta por 2,2 milhões de dormentes, 209 mil toneladas de trilhos e 3,2 milhões de metros cúbicos de brita, com uma produção média diária de 4,8 mil dormentes e 4,5 mil metros cúbicos de brita.

Atualmente, as obras já atingem 33% da segunda fase no estado, que abrange um trecho de 151 quilômetros entre Eliseu Martins e São Miguel do Fidalgo. O projeto está dividido em três fases principais:

  • A primeira fase vai do Porto do Pecém (CE) até São Miguel do Fidalgo (PI), passando por Salgueiro (PE), totalizando cerca de 1.040 km.
  • A segunda fase cobre 166 km entre Paes Landim e Eliseu Martins (PI), totalmente dentro do estado.
  • A fase final se estende de Salgueiro (PE) até o Porto de Suape (PE), com 547 km.

“O Piauí passa a ter uma posição estratégica no Nordeste, com capacidade de transportar nossa produção de forma mais competitiva, além de atrair novos investimentos”, afirmou o governador Rafael Fonteles.