João Pessoa 30.13 nuvens dispersas Recife 29.02 nuvens dispersas Natal 30.12 nuvens dispersas Maceió 27.69 chuva leve Salvador 27.98 nublado Fortaleza 29.07 nuvens dispersas São Luís 31.11 nublado Teresina 31.84 algumas nuvens Aracaju 27.97 nublado
Piauí lidera em proporção de pessoas surdas e ocupa 2ª posição em PCDs no Brasil, aponta IBGE
23 de maio de 2025 / 15:34
Foto: Divulgação

Dados do Censo Demográfico 2022 revelam que o Piauí possui a maior taxa de deficiência auditiva do Brasil, com cerca de 50 mil piauienses enfrentando dificuldades permanentes para ouvir, mesmo com o uso de aparelhos auditivos. Essa estatística representa 1,6% da população do estado com dois anos ou mais, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta-feira (23).

Os dados, coletados durante o censo, não apenas destacam a deficiência auditiva, mas também revelam que 297 mil pessoas no Piauí apresentam algum tipo de deficiência, o que equivale a 9,3% da população nessa faixa etária, posicionando o estado como o segundo maior indicador do Brasil.

No cenário nacional, 1,3% dos brasileiros têm dificuldades auditivas permanentes. O Piauí se destaca nesse aspecto, seguido pelo Rio Grande do Sul e Paraíba, ambos com 1,5%. Além disso, 7,3% da população brasileira apresenta alguma deficiência, totalizando 14,4 milhões de pessoas com dois anos ou mais, sendo que os estados nordestinos, como Alagoas (9,6%) e Ceará (8,9%), possuem as maiores taxas.

Dificuldades Funcionais no Piauí

A pesquisa identificou cinco tipos de dificuldades funcionais permanentes, que podem ser resumidas da seguinte forma:

  • Deficiência auditiva
  • Deficiência visual
  • Deficiência motora
  • Deficiência intelectual
  • Deficiência múltipla

Em termos de gênero, 10,1% das mulheres piauienses têm alguma deficiência, em comparação a 8,5% dos homens. Embora a proporção masculina seja a mais alta entre todos os estados, a feminina ocupa a terceira posição no Brasil.

A faixa etária também influencia a incidência de deficiências: entre crianças e adolescentes de dois a 14 anos, a taxa é de 2,4%, enquanto entre os idosos com 70 anos ou mais, essa taxa salta para 37,5%.

Adicionalmente, a pesquisa revelou que a população de cor ou raça amarela, de ascendência oriental, apresenta a maior proporção de deficiência no Piauí, com 12,1%, apesar de representar apenas 0,09% do total da população do estado.

Esses dados ressaltam a necessidade urgente de políticas de acessibilidade e inclusão no Piauí, refletindo as demandas sociais e educacionais que precisam ser atendidas.