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Piauí Registra Segunda Maior Expectativa de Vida para Idosos do Brasil e Alta Mortalidade Infantil
28 de novembro de 2025 / 18:25
Foto: Divulgação

De acordo com dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida para idosos no Piauí é de 23,7 anos após os 60 anos, posicionando o estado como o segundo melhor do país, atrás apenas do Distrito Federal, que apresenta uma expectativa de 24,4 anos. Essa informação ressalta um avanço significativo na longevidade da população idosa piauiense, refletindo melhorias na saúde e qualidade de vida ao longo dos anos.

Entretanto, o cenário é contrastante quando se observa a mortalidade infantil, que permanece preocupante. O Piauí apresenta a sétima maior taxa do Brasil, com 14,6 mortes a cada mil nascidos vivos. Esses dados, divulgados na última sexta-feira (28), revelam um paradoxo entre a longevidade dos idosos e a vulnerabilidade das crianças no estado. Apesar da elevada taxa, é importante destacar que houve uma redução de 64% nas mortes infantis desde o ano 2000, quando a taxa era de 40,4 por mil nascidos vivos.

A expectativa de vida ao nascer no Piauí também mostra um crescimento, agora estimada em 77 anos, o que representa um aumento de um ano, oito meses e 12 dias em comparação a 2010. Essa elevação é um reflexo de diversas políticas públicas e avanços na saúde, embora ainda existam desafios a serem enfrentados, especialmente em relação à mortalidade infantil.

Os dados do IBGE também indicam que existe uma diferença significativa na expectativa de vida entre homens e mulheres. Enquanto os homens que atingem os 60 anos têm uma expectativa de vida de 21,9 anos, as mulheres alcançam em média 25,3 anos, evidenciando uma diferença de 3,4 anos a mais para o sexo feminino. Essa média é a mais alta do Nordeste, superando a expectativa nacional de 22,6 anos. Os dados mostram que, apesar dos avanços, o Piauí ainda precisa trabalhar para reduzir a mortalidade infantil, que, embora tenha diminuído, continua sendo uma das mais altas do país.

Em comparação com outros estados, o Piauí enfrenta desafios similares aos de Roraima, Amapá e Sergipe, que têm taxas de mortalidade infantil superiores. O estado, portanto, se encontra em uma posição ambígua: enquanto a expectativa de vida para idosos é uma das mais elevadas, a mortalidade infantil indica a necessidade urgente de intervenções eficazes para garantir um futuro melhor para as crianças. O foco deve ser em políticas que promovam a saúde materno-infantil e o acesso a serviços de saúde de qualidade, fundamentais para a redução dessas taxas e para o bem-estar da população mais jovem.