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Piauí registra terceira maior taxa de desocupação no primeiro trimestre de 2025, segundo IBGE
16 de maio de 2025 / 16:14
Foto: Divulgação

O Piauí enfrentou uma taxa de desocupação de 10,2% no primeiro semestre de 2025, posicionando-se como o terceiro estado com o maior índice de desemprego do Brasil, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No quarto trimestre de 2024, a taxa de desocupação havia sido de 7,5%, com cerca de 108 mil pessoas sem emprego no estado. Entretanto, no início de 2025, esse número aumentou para 145 mil pessoas, refletindo um crescimento de 37 mil desocupados.

Taxa de desocupação no Piauí

Desde a primeira edição da pesquisa em 2012, o menor índice registrado foi de 7,5%. O maior percentual ocorreu no segundo trimestre de 2021, quando a taxa alcançou 15,3%, em meio às dificuldades impostas pela pandemia de Covid-19. Os estados que superam o Piauí em taxa de desocupação são Pernambuco, com 11,6%, e Bahia, com 10,9%. Em contrapartida, as menores taxas de desocupação são observadas em Santa Catarina (3,0%), Rondônia (3,1%) e Mato Grosso (3,5%).

De acordo com o IBGE, o aumento da taxa de desocupação nos primeiros meses do ano é frequentemente atribuído ao desligamento de trabalhadores temporários que são contratados durante as festividades de fim de ano.

Informalidade no mercado de trabalho

Além da alta taxa de desocupação, o Piauí também apresenta a terceira maior taxa de trabalhadores informais do Brasil, com um percentual de 54,6% registrado no primeiro trimestre de 2025. Esse índice se manteve estável em relação ao quarto trimestre de 2024.

O levantamento do IBGE revelou que, no primeiro trimestre de 2025, as ocupações informais no estado se distribuem da seguinte forma:

  • Trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ: 312 mil pessoas (44,7%);
  • Pessoas ocupadas no setor privado sem registro na carteira de trabalho: 243 mil pessoas (34,8%);
  • Trabalhadores domésticos sem registro na carteira de trabalho: 88 mil pessoas (12,6%);
  • Trabalhadores de cunho “familiar auxiliar”: 35 mil pessoas (5%);
  • Empregadores sem registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ): 19 mil pessoas (2,9%);

O Piauí só ficou atrás do Maranhão, que possui uma taxa de 58,4%, e do Pará, com 57,5%. As menores taxas de informalidade foram observadas em Minas Gerais (35,7%) e Rio de Janeiro (37,2%).

Esses dados evidenciam a complexidade do mercado de trabalho no Piauí, que enfrenta desafios significativos em relação ao desemprego e à informalidade.