
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou um aumento de 0,1% no terceiro trimestre de 2025 em comparação ao segundo trimestre do ano, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 4 de dezembro. Esse resultado ficou ligeiramente abaixo das expectativas do mercado, que apontavam para um crescimento de 0,2%. Na comparação anual, o PIB do terceiro trimestre cresceu 1,8%, superando a previsão de alta de 1,7% para o período.
O IBGE também revisou os números dos trimestres anteriores, ajustando o crescimento do primeiro trimestre de 1,3% para 1,5% e do segundo trimestre de 0,4% para 0,3%. No âmbito dos setores econômicos, a Agropecuária cresceu 0,4% e a Indústria avançou 0,8%, enquanto os Serviços, que têm maior peso no PIB, praticamente se mantiveram estáveis, com 0,1% de crescimento. Em valores correntes, o PIB do terceiro trimestre chegou a R$ 3,2 trilhões, com o valor adicionado de R$ 176,2 bilhões para Agropecuária, R$ 682,2 bilhões para Indústria e R$ 1,9 trilhão para Serviços.
A taxa de investimento foi de 17,3%, ligeiramente abaixo dos 17,4% registrados no mesmo período de 2024, enquanto a taxa de poupança se manteve estável em 14,5%. No setor de Serviços, os segmentos de Transporte, armazenagem e correio (2,7%), Informação e comunicação (1,5%) e Atividades imobiliárias (0,8%) tiveram os maiores crescimentos. Por outro lado, Comércio (0,4%), Administração pública, defesa, saúde, educação e seguridade social (0,4%) e outras atividades de serviços (0,2%) cresceram menos, e as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados tiveram queda de 1,0%, resultando na estabilidade geral do setor.
Na análise do IBGE, o desempenho positivo do segmento de Transporte foi impulsionado pelo escoamento da produção de commodities, especialmente na Extrativa Mineral e Agropecuária. Já na Indústria, as Indústrias de Extrativa Mineral cresceram 1,7%, Construção civil 1,3%, e as Indústrias de Transformação 0,3%, enquanto os segmentos de Eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos recuaram 1,0%. Pelas despesas, o consumo das famílias praticamente não apresentou crescimento (0,1%), o consumo do governo cresceu 1,3%, e a Formação Bruta de Capital Fixo avançou 0,9% em relação ao trimestre anterior.
O resultado do terceiro trimestre mostra uma economia que cresce lentamente, com contribuições positivas mais expressivas dos setores primários e industriais, enquanto os serviços permanecem praticamente estáveis. O desempenho do PIB do Brasil nesse período é um reflexo das complexidades e desafios enfrentados pela economia nacional.