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Preços dos imóveis sobem 6,64% no Recife em 2024
8 de janeiro de 2025 / 08:35
Foto: Reprodução/TV Globo

Os imóveis residenciais do Recife registraram alta de 6,64% durante o ano de 2024, segundo dados do Índice FipeZAP, divulgados na terça-feira (7). Com preço médio de R$ 8.089/m², a cidade está entre as 10 capitais mais caras do país para realizar o sonho da casa própria (confira lista mais abaixo).

O aumento superou a inflação ao consumidor em 2024, estimada em 4,64% pelo FipeZAP com base no IPCA acumulado até novembro e no IPCA-15 de dezembro, colocando o Recife na lista das cidades que registraram aumento real no último ano.

O levantamento apontou também a valorização de residências em bairros como Santo Amaro, na área central do Recife, e Campo Grande, na Zona Norte. Ambos os bairros estão inseridos entre os 10 com o metro quadrado mais caro no mês de dezembro do ano passado.

As variações dos preços foram calculadas pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com base em informações de amostras de anúncios de imóveis para venda e locação veiculados mensalmente nos portais Zap Imóveis, Viva Real e OLXBr.

Segundo o presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), Rafael Simões, não é novidade ver bairros como Boa Viagem, na Zona Sul, e Parnamirim, na Zona Norte, entre os mais caros da cidade, já reconhecidos como regiões nobres da capital.

No entanto, para o presidente da Ademi, o grande volume de anúncios percebidos pelo índice em regiões como a de Santo Amaro é um reflexo de mudanças na política pública de urbanização da capital pernambucana. Segundo Simões, até 2018, não era possível realizar novos protocolos para construção no bairro.

O decreto municipal nº 28.841 de 2015 suspendeu as análises de projetos de edificações com área de construção igual ou maior que 1.000 m² e projetos de reforma com acréscimo de área construída a partir de 500 m². A medida foi reeditada pelo decreto nº 30.034 de 2016 e permaneceu vigente até 31 de dezembro de 2017.

“Em Santo Amaro, no passado recente, houve um bloqueio da região em função da legislação. Foi bloqueada aquela região por muito tempo. Naturalmente, depois desse desbloqueio, o mercado está simplesmente reagindo à demanda da população, que é morar em regiões centrais com belas paisagens”, explicou.

Em relação ao bairro de Campo Grande, Rafael Simões apontou um estímulo do último Plano Diretor do Recife — que orienta a expansão urbana do território da cidade — para construções habitacionais ao longo dos corredores de transporte público.

“O bairro de Campo Grande é cortado pela Estrada de Belém e essa região faz parte dos corredores de transporte. O último plano diretor aumentou o potencial construtivo dessas regiões e houve uma procura e uma maior oferta de lançamentos. A gente vê também uma redução do estoque [de moradias] na região”, comentou Simões.

O Recife está estra as 10 capitais com o metro quadrado mais caro do país para se comprar um imóvel, com custo médio de R$ 8.089/m². Apesar de aparecer entre as capitais mais caras, o preço médio de venda na cidade ficou abaixo da média nacional, que foi de R$ 9.366/m², calculado em 56 cidades, com base em dados de dezembro de 2024.