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Prefeitura suspende tradicional corrida de jegues após ação de protetores de animais no Piauí
4 de dezembro de 2024 / 16:20
Foto: Fábio Pitombeira/ Arquivo pessoal

A Prefeitura de Cajueiro de Praia, no litoral do Piauí, suspendeu a tradicional corrida de jegues que aconteceria por ocasião das celebrações do aniversário da cidade, neste mês de dezembro. Ongs, protetores independentes de animais e a OAB se mobilizaram para pedir o cancelamento da “disputa” que costuma causar “maus-tratos” aos bichos.

O anúncio foi feito nas redes sociais da prefeitura, informando que a corrida será suspensa após ação de ambientalistas que alertaram sobre os riscos da corrida para os jumentos.

“A tradicional Corrida de Jegue (…) não será mais incluída no calendário oficial. Reconhecemos que a Corrida de Jegue faz parte da história e da identidade cultural de Cajueiro da Praia, marcando gerações e reforçando nosso sentimento de pertencimento. Contudo, reafirmando nosso compromisso com o bem-estar animal e com as demandas de uma sociedade cada vez mais consciente, optamos por priorizar práticas que reflitam esses valores”, informou a gestão em nota.

O evento acontece na cidade e em outros municípios do Piauí e do Nordeste há muitos anos. Somente em Cajueiro da Praia, pelo menos desde 2014, portanto há 10 anos, o torneio é realizado.

Mais recentemente, esse tipo de prática vem recebendo duras críticas de ambientalistas, protetores independentes de animais e de advogados ligados à causa ambiental. A situação dos jumentos já foi pauta para os grupos de protetores em Cajueiro da Praia devido a outros tipos de maus-tratos e até desaparecimentos registrados.

“O Pauta Animal, por meio da ONG Barra Pets, tomou conhecimento de anúncio publicado pela Prefeitura de Cajueiro da Praia, no qual estava sendo promovido evento esportivo em que uma das modalidades era corrida de jegues. Com isso, publicamos Nota de Repúdio nas redes sociais, e os protetores de animais, incluindo abrigos compartilharam e manifestaram revolta contra o anúncio da Prefeitura”, destacou a advogada Dárcia Alencar, presidente do Instituto Pauta Animal.

O anúncio da suspensão foi comemorado pelos grupos, que destacaram a importância do poder público promover ações de proteção aos animais.

“Essa ação conjunta foi essencial para o desfecho que impediu a corrida. É inadmissível uma Prefeitura promover esse tipo de prática, pois deveria, na verdade, coibir maus-tratos a animais, e não incentivá-los”, completou a advogada.