
Um recente levantamento revelou que a Paraíba é o estado brasileiro que mais sofreu com prejuízos causados por desastres ambientais na última década, totalizando R$ 26,8 bilhões em perdas entre 2015 e 2024. Os dados foram coletados pela Codex, uma empresa especializada em governança de dados e mudanças climáticas, com base nas informações da Plataforma Nacional de Informações de Desastres (S2iD), um sistema oficial do Governo Federal que compila registros de emergências e desastres em todo o país.
Esse montante representa quase 44% dos R$ 61 bilhões em danos públicos contabilizados em todo o Brasil no mesmo período. Os prejuízos na Paraíba estão relacionados a danos em áreas e serviços públicos, incluindo segurança, educação, transporte, telecomunicações, distribuição de energia, saneamento, abastecimento de água e saúde pública. Durante a década analisada, o estado registrou um total de 2.914 emergências.
Além da Paraíba, outros cinco estados nordestinos figuram entre os dez que mais sofreram com esses prejuízos:
- Pernambuco – R$ 4,8 bilhões em perdas e 1.973 emergências;
- Ceará – R$ 3,2 bilhões e 1.269 emergências;
- Rio Grande do Norte – R$ 1,6 bilhão e 1.832 emergências;
- Bahia – R$ 1,2 bilhão e 2.501 emergências;
- Alagoas – R$ 944 milhões e 620 emergências.
O levantamento também destaca que a estiagem foi o evento climático mais devastador no Brasil durante esse período, gerando R$ 34 bilhões em danos públicos. Em seguida, as inundações causaram R$ 11,2 bilhões em prejuízos, seguidas por chuvas intensas, que resultaram em R$ 8,3 bilhões. Outros eventos climáticos contabilizados incluem seca (R$ 5,1 bilhões), tempestades (R$ 1,3 bilhão), incêndios (R$ 73,7 milhões) e deslizamentos (R$ 59 milhões).
Estados com mais prejuízos:
- Paraíba (PB) – R$ 26,8 bilhões;
- São Paulo (SP) – R$ 11,0 bilhões;
- Pernambuco (PE) – R$ 4,8 bilhões;
- Minas Gerais (MG) – R$ 4,2 bilhões;
- Ceará (CE) – R$ 3,2 bilhões;
- Rio Grande do Sul (RS) – R$ 2,0 bilhões;
- Rio Grande do Norte (RN) – R$ 1,6 bilhão;
- Bahia (BA) – R$ 1,2 bilhão;
- Mato Grosso do Sul (MS) – R$ 1,1 bilhão;
- Alagoas (AL) – R$ 944 milhões.