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Produção de etanol cresce no Nordeste
30 de dezembro de 2024 / 09:50
Foto: Divulgação

A moagem de cana-de-açúcar nas regiões Norte e Nordeste já alcançou 35,86 milhões de toneladas na safra 2024-2025, um aumento de 2,2% em comparação ao mesmo período do ciclo anterior.

Clima poderia ter ajudado ainda mais a produção de etanol

Esse desempenho, divulgado pela Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio), reflete os desafios impostos pela irregularidade das chuvas e os impactos na produção agrícola.

Apesar do crescimento inicial, a safra deve registrar uma redução no volume total de cana processada devido à estiagem prolongada. A NovaBio estima que a moagem fique cerca de um milhão de toneladas abaixo da previsão inicial de 63 milhões de toneladas.

Contudo, essa condição climática também trouxe um benefício: o aumento na concentração de Açúcar Total Recuperável (ATR), indicador-chave para a produção de açúcar e biocombustíveis.

Nordeste: Alta Qualidade e Exportação

O Nordeste destaca-se pela elevação do ATR, com um crescimento médio entre 8 e 12 kg por tonelada de cana. Essa melhora na qualidade permitirá um aumento na produção de produtos finais, como açúcar e etanol, mesmo com uma safra levemente inferior em volume.

Ao mesmo tempo, a região também mantém sua relevância como polo exportador, enviando aproximadamente 62% de sua produção de açúcar para mercados internacionais, especialmente por meio dos portos de Maceió (AL), Recife (PE), Suape (PE), João Pessoa (PB) e Natal (RN).

Produção de Açúcar e Etanol em Alta

Na atual temporada, a produção de etanol hidratado, utilizado em veículos flex, atingiu 933,5 milhões de litros. Dessa forma, marcando um salto de 27,9% em relação aos 729,7 milhões de litros do ciclo anterior. Já a produção de açúcar chegou a 2,18 milhões de toneladas, um aumento de 18,2% em comparação ao ciclo 2023-2024.

Impactos Futuros

Embora a safra 2024-2025 apresente bons resultados na qualidade da matéria-prima e no aumento de produtos finais, as condições climáticas podem afetar de maneira mais significativa o potencial de moagem da safra 2025-2026.

A seca prolongada, que favoreceu o aumento do ATR nesta temporada, também poderá comprometer o desenvolvimento das lavouras futuras.

Com destaque para sua capacidade de adaptação e qualidade produtiva, o Nordeste consolida-se como uma região estratégica para a indústria sucroenergética no Brasil, enfrentando desafios climáticos enquanto mantém sua relevância no mercado nacional e internacional.