
Os professores da Rede Municipal de Teresina decidiram, nesta sexta-feira (14), entrar em greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (17). Essa decisão ocorre após o início das aulas nas escolas municipais, que se deu no dia 5 de fevereiro.
Os educadores estão reivindicando um aumento salarial superior aos 6,5% que foram anunciados pela Prefeitura. Eles buscam apoio dos vereadores para que o Prefeito Silvio Mendes receba a Comissão de Negociação. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm), Sinésio Soares, destacou que a categoria pleiteia um reajuste de 22,07%.
Em resposta, a Secretaria Municipal de Educação (Semec) afirmou que “o momento exige responsabilidade fiscal” e que, portanto, não é viável conceder um aumento maior que 6,5%.
O Sindserm argumenta que o reajuste de 22,07% é factível, uma vez que a Prefeitura recebeu, em janeiro de 2025, aproximadamente R$ 83 milhões do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica). Sinésio Soares ressaltou: “Já sabemos que entrou 83 milhões de reais, recorde histórico, na conta do FUNDEB em janeiro, e agora em fevereiro já entrou 28 milhões. Ou seja, é perfeitamente possível pagar os 22,07%”. Ele espera que os vereadores ajudem a pressionar o Prefeito para negociar o reajuste que considera justo para os profissionais da educação.
A decisão pela greve foi tomada em uma assembleia realizada na quinta-feira (13), na Praça da Bandeira, no Centro de Teresina.
Nota da SEMEC
A Prefeitura de Teresina, através da Secretaria Municipal de Educação (SEMEC), informou que foi concedido um reajuste linear de 6,5% para professores e pedagogos da Rede Pública Municipal de Ensino, um percentual que supera a média nacional de 6,27%, retroativo a janeiro deste ano. O Projeto de Lei para formalizar esse reajuste será enviado à Câmara nos próximos dias.
A gestão atual reafirma seu compromisso com a valorização dos profissionais da educação, mas enfatiza que é necessário manter a responsabilidade fiscal, o que impossibilita um aumento maior que 6,5%. A Prefeitura continua dedicada a equilibrar as contas da educação municipal, assegurando que os direitos dos profissionais sejam respeitados e que os investimentos na qualidade do ensino sejam mantidos.