Na manhã desta terça-feira (18), educadores da rede municipal de Feira de Santana, situada a 100 km de Salvador, realizaram uma paralisação das atividades para reivindicar o pagamento do piso salarial, além de ajustes na carga horária, quitação de precatórios e revisão da tabela salarial. Como resultado, as aulas foram suspensas em diversas unidades de ensino da cidade.

Durante a paralisação, os professores se reuniram em frente à Secretaria Municipal de Educação (Seduc) para exigir uma negociação efetiva. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) – Feira, a categoria apresentou 13 pontos de reivindicação.

A presidente da APLB, Marlede Oliveira, destacou que o movimento visa “discutir a pauta da categoria e os rumos do movimento, uma vez que diversas tentativas de diálogo com a gestão municipal não obtiveram resposta até o momento”.

Por sua vez, a Seduc informou que, desde o início da atual gestão, foram realizados quatro encontros com a APLB para discutir as demandas dos professores. A secretaria ainda afirmou que nenhum educador recebe abaixo do piso salarial estabelecido.

Dados da Rede Municipal de Ensino

A rede municipal de Feira de Santana conta com 3.055 professores, que ocupam diferentes cargos, incluindo coordenador pedagógico, diretor escolar, vice-diretor, professor de sala de recursos e professor regente.

Nota de Esclarecimento da Seduc

A Secretaria Municipal de Educação de Feira de Santana reafirmou seu compromisso com o diálogo e a valorização dos professores. Em nota, a Seduc esclareceu que já foram realizados cerca de quatro encontros com a APLB para discutir as demandas e buscar soluções que se adequem à realidade financeira do município.

A Seduc também informou que nenhum professor recebe abaixo do piso salarial e que a questão da carga horária está sendo tratada, com os primeiros enquadramentos já realizados na semana passada. Quanto aos precatórios, a secretaria afirmou que o processo está avançado, com um Termo de Ajustamento de Conduta firmado junto ao Ministério Público, e que em breve será publicado um chamamento público para a participação de instituições financeiras na operacionalização dos pagamentos.

Além disso, a Seduc anunciou a formação de uma comissão intersetorial, composta por representantes das secretarias de Educação, Administração, Planejamento e Gabinete do Prefeito, para discutir ajustes na tabela salarial, plano de carreira e estatuto do magistério. A secretaria reconhece a importância das reivindicações e se compromete a buscar soluções que garantam melhorias para a categoria, sempre respeitando as condições financeiras do município. A mesa de negociação permanece aberta para continuar o diálogo em busca de uma educação mais forte em Feira de Santana.