O ano de 2024 está terminando com avanços no número de projetos e no marco regulatório da energia eólica offshore, no Brasil, desenhando um horizonte de tomada de decisões e de ações cruciais para o desenvolvimento da nova fronteira energética no país. A análise é do diretor do SENAI-RN, do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e da FAETI – Faculdade de Energias Renováveis e Tecnologias Industriais do SENAI, Rodrigo Mello.
“Em 2024, nós vimos um vivo interesse mantido pelas grandes empresas no Brasil. O setor tem recursos para investir, tem demanda pela energia e precisa do ambiente regulado, do ambiente legal para tomar suas decisões. Então o marco regulatório e a regulamentação posterior darão o tom dos investimentos no próximo ano”, disse o diretor.
Dados divulgados neste mês pelo Ibama mostram que o país alcançou a marca de 244,56 Gigawatts (GW) em projetos cadastrados para licenciamento ambiental no órgão.
O número representa mais de 7 vezes o total instalado em parques eólicos em terra – na casa dos 33 GW. Também significa 10,33 GW a mais em relação aos 234,23 GW registrados para o offshore até abril deste ano.
Da potência total prevista, a maior parte (47,04%) é voltada à região Nordeste, puxada pelos estados do Ceará e do Rio Grande do Norte, estado que lidera atualmente a produção nacional de energia eólica em terra.
A região Sul aparece em seguida, com 32,59% dos Gigawatts programados pelo setor no offshore. Outros 20,37% são estimados para o Sudeste.
Os números, que não eram atualizados desde abril, mostram a adição de novos projetos nos estados do Ceará, do Piauí, do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, a partir de agosto.