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Quase 60% dos paraibanos vivem com até um salário mínimo, revela IBGE
7 de dezembro de 2025 / 11:54
Foto: Divulgação

Na Paraíba, 59,8% da população tem rendimento domiciliar per capita de até um salário mínimo, segundo a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2025, divulgada pelo IBGE. Esse percentual inclui 27,1% dos moradores que recebem entre 25% e 50% do salário mínimo e 32,7% que ganham entre 50% e 100%, evidenciando a concentração de renda nas camadas mais vulneráveis da população.

A faixa entre 50% e 100% do salário mínimo é a que apresenta o maior número de habitantes no estado, com 32,7%. Logo depois, está o grupo que ganha entre 25% e 50%, somando 27,1% da população. Juntos, esses grupos representam a maioria da população paraibana em termos de renda.

Nos níveis acima de um salário mínimo, a proporção de moradores diminui consideravelmente. Apenas 18,2% da população possui renda per capita entre 1 e 2 salários mínimos em 2024. À medida que os salários aumentam, os percentuais caem: 4,2% estão entre 2 e 3 salários, 3% entre 3 e 5 salários, e somente 1,9% recebem mais de cinco salários mínimos.

Além disso, o levantamento revela desigualdades significativas de renda entre grupos étnicos e de gênero na Paraíba. Mulheres pretas ou pardas ganham 66% menos do que homens brancos no estado. Enquanto homens brancos recebem em média R$ 1.661, as mulheres pretas e pardas recebem mensalmente cerca de R$ 1.000, segundo dados do IBGE em 2024.

Entre 2012 e 2024, o rendimento dos homens brancos subiu 30%, de R$ 1.277 para R$ 1.661. Já o salário das mulheres pretas e pardas cresceu 19%, passando de R$ 835 para R$ 1.000. Apesar dessas altas, a diferença absoluta entre esses grupos aumentou, passando de R$ 442 para R$ 661.

Em relação à extrema pobreza, cerca de 194 mil paraibanos estão nessa situação, o menor índice registrado na série histórica do IBGE. Isso representa 4,7% da população total do estado. Já a pobreza afeta 38,3% dos moradores da Paraíba, equivalente a cerca de 1,58 milhão de pessoas, também registrando queda pelo terceiro ano consecutivo.

O ponto mais crítico para esses índices ocorreu em 2021, quando as taxas de extrema pobreza e pobreza chegaram a 16,7% e 56,1%, respectivamente. Desde então, houve uma redução significativa, o que indica avanços nas condições de vida da população paraibana, mas ainda aponta desafios importantes para políticas públicas.