
No terceiro dia do REC’n’Play 2025, realizado no centro histórico do Recife, o evento se destacou como um verdadeiro laboratório de inovação, reunindo mais de 700 atividades e atraindo cerca de 90 mil inscritos. Um dos principais destaques foi o “nariz eletrônico inteligente”, um dispositivo inovador capaz de detectar odores e aromas em concentrações tão baixas que não podem ser percebidas pelo olfato humano.
O professor Leandro Almeida, do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), apresentou o funcionamento do dispositivo e suas aplicações práticas. “Ele serve para verificar a qualidade de bebidas e alimentos. Com o aumento da preocupação com o metanol, conseguimos identificar se uma bebida está adulterada ou se está dentro dos padrões de qualidade da indústria”, explicou.
Além do nariz eletrônico, o festival ofereceu experiências imersivas no universo dos games, palestras lotadas e debates sobre inteligência artificial e o futuro das cidades. O historiador Leandro Karnal ressaltou a importância do evento para discutir o impacto da tecnologia na vida cotidiana. “É o momento de discutir neste início de processo de salto para a IA, discutir que futuro nós queremos. Queremos um futuro humano”, afirmou.
Compromisso com Inclusão e Diversidade
O REC’n’Play também se destacou pelo seu compromisso com a inclusão e diversidade, apresentando espaços como o Porto Mais, que é voltado para pessoas trans, neurodivergentes e indivíduos com mais de 50 anos. A drag queen e designer Weine Gonçalves enfatizou a relevância de unir inovação e representatividade. “Não existe inovação sem inclusão, porque precisamos de diversas pessoas para construir soluções que atendam a todos os públicos”, declarou.
Para Sílvio Meira, presidente do Conselho do Porto Digital, a essência do festival reside na conexão entre pessoas, criatividade e tecnologia. “Independente de internet, smartphone, plataformas ou inteligência artificial, somos nós e para nós que fazemos o mundo ao nosso redor, que criamos, que recriamos, que participamos dos processos de inovação. O mundo é feito de gente pra gente”, concluiu.