
O Museu do Piauí, localizado na Casa Odilon Nunes, no coração de Teresina, anunciou um projeto de reforma que incluirá a construção de um café aberto ao público. Essa novidade gerou grande entusiasmo entre os piauienses, que expressaram suas expectativas sobre a possibilidade de um espaço que una cultura e lazer no estado.
O projeto do café está sendo elaborado pela equipe de Patrimônio Histórico da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e será situado na área interna do pátio e do jardim do casarão. De acordo com a Secult, a criação desse espaço, juntamente com a restauração do jardim, permitirá que os visitantes desfrutem de mais tempo no local.
Nas redes sociais, muitos piauienses demonstraram animação com a proposta. Um deles comentou: “Tem muito potencial”, enquanto outra visitante afirmou: “Irei com certeza tomar café com as minhas amigas”. Uma terceira pessoa, que visitou o museu recentemente, expressou sua esperança em ver a valorização do acervo: “Visitei o museu em abril e saí com a visão de que ele tem muita riqueza que precisa ser valorizada”.
Ismael Júnior, coordenador do Patrimônio Histórico da Secult, explicou que a ideia do café é inspirada em modelos de museus de outras regiões do Brasil. Ele destacou que, normalmente, os visitantes fazem uma visita guiada e vão embora, mas a proposta é que, ao contrário, eles possam continuar a experiência dentro do museu, desfrutando de um café ou restaurante e um jardim para relaxar.
Dora Medeiros, diretora do museu, enfatizou que a nova estrutura contribuirá para a revitalização do centro de Teresina, uma iniciativa que conta com o apoio do Governo do Estado e da comunidade local. “Essa obra vai ser muito importante para o museu, para atrair um maior público e diversificar o perfil dos visitantes”, afirmou.
Imagens geradas por inteligência artificial foram apresentadas pela Secult, mostrando como o café deverá ser após a reforma, embora a data de conclusão da obra ainda não tenha sido divulgada.
O Museu do Piauí, situado na Rua Areolino de Abreu, 900, em frente à Praça Marechal Deodoro da Fonseca, abriga um acervo de aproximadamente 7 mil peças, distribuídas em 12 espaços, além de uma área dedicada à arte contemporânea e um pátio com elementos históricos. O acervo é organizado cronologicamente, abrangendo desde a cultura dos povos originários até períodos como a presença afrodescendente, o Piauí Colônia, o Império, a República Velha e a República Nova.
O museu também conta com espaços voltados à religiosidade, à vida rural, aos ofícios tradicionais e à produção artesanal. Além disso, possui uma sala de artes visuais com obras de artistas piauienses renomados, como Nonato Oliveira e Fátima Campos. O auditório, que possui mobília histórica e retratos de autoridades, é complementado por um pátio que abriga dois canhões ingleses do reinado de Jorge III e um portal de mármore do século XIX, datado de 1873, além de um painel com a linha do tempo dos principais acontecimentos históricos do Piauí, desde o período pré-histórico até a década de 1930.