João Pessoa 28.13 nuvens dispersas Recife 28.02 nuvens dispersas Natal 28.12 nuvens dispersas Maceió 29.69 algumas nuvens Salvador 27.98 nublado Fortaleza 29.07 céu limpo São Luís 30.11 algumas nuvens Teresina 34.84 nuvens dispersas Aracaju 27.97 nuvens dispersas
Regulamentação do mercado de carbono deve ser implementada pelo governo até 2026
28 de novembro de 2025 / 17:09
Foto: Divulgação

O governo federal estabeleceu como meta concluir, até dezembro de 2026, todas as normas infralegais necessárias para a plena implementação do mercado regulado de carbono no Brasil. A informação foi confirmada na última quinta-feira, 27, por Cristina Reis, secretária extraordinária do Mercado de Carbono do Ministério da Fazenda, reforçando o compromisso da atual gestão com o avanço das políticas ambientais e com a transição para uma economia de baixo carbono.

Criada em outubro deste ano, a secretaria tem papel central na organização, regulamentação e operacionalização do Sistema de Mercado de Carbono. Essa estrutura será responsável por definir os critérios, limites e regras que nortearão o comércio de créditos de carbono no país, um instrumento essencial para a redução de gases de efeito estufa (GEE). Com a regulamentação, o Brasil passará a integrar um grupo de países que já adotam sistemas semelhantes, como União Europeia, Reino Unido e China, posicionando-se de maneira estratégica no cenário climático global.

A criação do mercado regulado responde a uma demanda crescente por políticas ambientais mais robustas, baseadas em evidências e alinhadas com as metas nacionais e internacionais de sustentabilidade. Ao estabelecer limites de emissões para determinados setores e permitir a negociação de créditos entre empresas que ultrapassam ou reduzem suas metas, o sistema busca incentivar práticas produtivas mais limpas, eficientes e tecnológicas. Além disso, visa coibir práticas que resultam em emissões excessivas, criando incentivos econômicos reais para a transição energética e a inovação.

Essa iniciativa também está diretamente ligada ao fortalecimento da economia verde no Brasil. Espera-se que o mercado regulado de carbono funcione como um catalisador para investimentos nacionais e internacionais, estimulando o desenvolvimento de novos modelos de negócios, a expansão de tecnologias sustentáveis e a criação de empregos qualificados. Setores como energia, indústria, agricultura, transporte e infraestrutura poderão se beneficiar da modernização de processos e da demanda por soluções ambientalmente responsáveis.

O governo federal acredita que a implementação bem-sucedida do sistema contribuirá de maneira decisiva para a mitigação das mudanças climáticas, reforçando a posição do Brasil como protagonista nas discussões ambientais globais. Entretanto, esse processo exigirá uma forte articulação entre diferentes segmentos da sociedade, incluindo empresas, organizações não governamentais, entidades setoriais e a população. A transparência na definição das regras e a construção de um ambiente regulatório sólido serão fundamentais para garantir confiança, segurança jurídica e aderência ao sistema.

Se cumprido o cronograma anunciado, o Brasil poderá consolidar um dos mercados regulados de carbono mais relevantes do mundo, com potencial para gerar impacto positivo tanto na proteção ambiental quanto no desenvolvimento econômico sustentável. A meta estabelecida para 2026 representa, portanto, não apenas um compromisso técnico, mas um passo estratégico para posicionar o país na liderança da nova economia global de baixo carbono.