
O Rio Grande do Norte alcançou um marco significativo no uso do PIX, movimentando R$ 14,6 bilhões em agosto, conforme levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do RN (Fecomércio-RN), em colaboração com a Fecomércio-SE. Este dado foi divulgado na última quarta-feira (8) e representa o maior volume já registrado em um único mês desde o início da série histórica, que começou em novembro de 2020.
Recorde de Crescimento
A Fecomércio-RN destacou que o montante representa um crescimento impressionante de 121% em comparação ao mesmo mês do ano anterior, quando o estado movimentou apenas R$ 6,6 bilhões. Este aumento foi três vezes superior à média nacional, que foi de 39%, e muito acima do crescimento registrado na região Nordeste, que foi de 40%.
Entre os fatores que contribuíram para esse crescimento estão a recuperação da atividade econômica, a geração de novos empregos, a antecipação do 13º salário para servidores estaduais e a implementação do Refis pelo governo local.
Acumulado do Ano
No acumulado de janeiro a agosto, o PIX já movimentou mais de R$ 78 bilhões no estado, um aumento de 60% em relação ao mesmo período do ano passado. Essa taxa de crescimento coloca o Rio Grande do Norte como o quarto estado com maior avanço no país, atrás apenas do Piauí (100%), Distrito Federal (74%) e Rio de Janeiro (61%). Além disso, superou tanto a média nacional (43%) quanto a média regional (35%).
Impactos Positivos
A Fecomércio também observou que a ampliação do uso de pagamentos digitais gerou efeitos positivos nas finanças da população. Segundo a Pesquisa Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em Natal, o índice de pessoas endividadas caiu 2 pontos percentuais, enquanto o de inadimplentes teve uma redução de 10 pontos percentuais.
A expectativa é que essa tendência de crescimento continue, especialmente com a iminente regulamentação do PIX Parcelado pelo Banco Central. Essa nova modalidade permitirá que os consumidores dividam suas compras sem juros ou com taxas reduzidas, enquanto os comerciantes receberão o valor total à vista, o que pode diminuir os custos relacionados à antecipação de recebíveis.