Em Valença do Piauí, Francisco Campelo e sua família estão à frente de um projeto inovador de meliponicultura, que envolve a criação de abelhas nativas sem ferrão. Este pequeno criatório, montado em sua residência, não apenas fornece mel e pólen, mas também possibilita a produção de sabonetes artesanais para venda.

A meliponicultura é uma prática segura, uma vez que as abelhas sem ferrão não representam risco de picadas. Além disso, essa atividade desempenha um papel crucial na preservação ambiental, auxiliando na recuperação de áreas degradadas e na manutenção da biodiversidade.

Etapas do Projeto Abelhas Nova Era (ANE):

• Identificação e captura de um enxame de abelhas sem ferrão utilizando uma garrafa pet como isca;
• Transferência dos insetos para uma caixa de madeira, conhecida como melgueira;
• Após algumas semanas, as abelhas constroem um novo habitat;
• Colheita do mel e do pólen;
• Produção de sabonetes artesanais.

Francisco trabalha com duas espécies de abelhas nativas: a canudo, predominante na região de Valença, e a uruçu cinzenta, mais comum em Parnaíba e no Maranhão. Ele destaca que, embora o projeto ainda esteja em fase inicial, já oferece uma gama básica de produtos, como mel, sabonete artesanal e pólen desidratado.

“O pólen pode ser consumido misturado com água ou adicionado a sucos de frutas”, explica Francisco. Nas colmeias, o pólen é armazenado em pequenos potes e é uma fonte vital de nutrientes para o desenvolvimento das abelhas.

De acordo com Francisco, o pólen de abelha é considerado um superalimento, rico em proteínas, vitaminas do complexo B, C e E, além de minerais e antioxidantes. Entre os benefícios estão o fortalecimento do sistema imunológico, aumento de energia, melhora da circulação sanguínea, controle do colesterol e promoção da saúde intestinal.