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Serial killer em Maceió visitou túmulos de vítimas e planejava mais assassinatos
18 de novembro de 2024 / 10:13
Foto: Reprodução / TV Globo

O homem preso pela Polícia Civil de Alagoas, suspeito de assassinar a menina Ana Beatriz, 13, no bairro da Levada, em Maceió, é apontado pelas autoridades como um serial killer (assassino em série) e se tornou o principal suspeito de ter cometido outros dez homicídios. Preso desde o dia 17 de de setembro, Albino Santos de Lima tem 42 anos, é filho de um policial militar aposentado e já trabalhou como na segurança do Sistema Prisional.

A pistola do crime – pistola calibre 390, levou as autoridades a confirmarem a ligação com a morte da menina e levantou a suspeita pelo modus operandi praticado em casos semelhantes. Em depoimento na semana passada, ele confirmou ter praticado oito dos dez homicídios ligados a ele, de acordo com as autoridades. 

O Fantástico, da TV Globo, exibiu nesse domingo, 17, reportagem sobre o depoimento do suspeito e a confirmação da Polícia Científica de que projéteis encontrados em corpos das outras vítimas correspondiam aos disparados pela pistola apreendida com o homem.

“Ela também é de facção. Todos são traficantes. Todos são de facção. […] Eu comeceia ter conhecimento dele através do Instagram. Comecei a fazer investigação por conta própria. […] Futuramente, eu iria começar a fazer outros planejamentos e outras execuções”, afirmou Albino em depoimento.

Mas, as investigações da Polícia Civil de Alagoas não confirmam essa versão e mostram o oposto. “Nós identificamos 10 vítimas e nenhuma delas tem envolvimento com facção criminosa. Dessas 10, três eram do sexo masculino e sete eram mulheres”, explicou a delegada Tacyane Ribeiro.

Os investigadores descobriram que Albino marcava no calendário as datas de seus crimes. Em alguns casos, ele chegou a visitar cemitérios e fotografar as lápides de suas vítimas.

“O celular foi formatado, mas conseguimos recuperar credenciais de contas dele. Com essas credenciais, recuperamos arquivos de mídia. Entre eles, havia dois diretórios específicos: um chamado ‘odiada Instagram’ e outro, ‘morte especiais'”, revelou Ivan Excalibur de Araújo Pereira, perito do caso.

“Os peritos encontraram várias fotografias de indivíduos que ainda estão vivos, seriam vítimas em potencial”, afirmou o delegado Gilson Rego Sousa, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa.

A Polícia Civil informou que pretende reabrir inquéritos sobre homicídios que aconteceram entre 2019 e 2020 e indiciou inicialmente Albino por homicídio qualificado. O DNA balístico da pistola apreendida com o homem foi incluído no banco nacional do Ministério da Justiça, o que pode ajudar a conectar a arma com possíveis outros crimes.